TESTE POP

sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

 Série

Água da Fonte

                                                     No colo de mamãe Maria


No colo de mamãe*


A noite que passou

Sonhei que estava no colo de minha mãe.

Um sonho tão distante e tão perto

do preto e branco as cores

do calor e segurança que senti,

há quanto tempo.

Um momento inesquecível

dos primeiros meses de minha vida.

Tudo parecia real, a beleza de minha mãe,

o cheiro bom, as cores, meus irmãos, o fotógrafo,

tudo perfeito no momento de preparação para essa fotografia

com essa roupa típica de calça e suspensórios,

para esse registro que marcou um inicio.

Como foi bom estar no colo seguro 

de minha mãe. 

Beijos imensos, abraços e saudades 

a você minha mãe que com certeza

estas num belo local rodeado de flores 

que tanto admiravas. 

Pelo carinho, afeto, atenção e cuidado 

que me proporcionou a vida

De um pequenino inocente que nada imaginava

senão o colo de sua mãe. 


*Paulo Bassani



 A ARTE DE PENSAR

31/01/2025






domingo, 26 de janeiro de 2025

 Série 

Água da Fonte


Humanizar*

 

Talvez um dia sejamos

Um pouco do que sonhamos

Um pouco do que queremos

Um pouco do que merecemos.

 

Mais sensíveis, compreensíveis,

Cuidadosos, atenciosos, responsáveis

Talvez um dia !

Sejamos seres humanos

Completamente humanos.

Encharcados de humanidade

Que sente, que chora, que canta,

Que sorri, que ama a tudo que possui vida.

 

E quando esse dia chegar

Voltarei meu olhar ao passado

E sem nenhuma nostalgia

Apenas um leve balançar de minha testa.


*Paulo Bassani




 

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

 Reflexões de nosso tempo


Como defensor da vida humana e da biodiversidade planetária, como intelectual, cientista, pela ética, pela capacidade crítica e sensibilidade de viver esse nosso tempo, sinto-me no dever de denunciar essa barbárie em curso.

 

Donald Trump


 E agora Humanos?

 

Os ares de um desencantamento

Estão chegando...

E se instalando de forma impactante.

“A América (EUA) em primeiro lugar”

“Somos a principal civilização”

"Não dependemos de ninguém"

"Nada ira impedir nosso estilo de vida"

"Vamos imprimir mais dólares 

 não necessitamos de lastro"

"Vamos impor a meritocracia"

"Estado menor para a população, demissões"

“Vamos extrair mais petróleo”

“Saída  do acordo de Paris”

“Saída da OMS-ONU, contra as vacinas”

"Saída dos acordos de Direitos Humanos"

“Vamos anexar canal do Panamá, Groelândia”

"Tomar a Faixa de Gaza e expulsar os palestinos,

Limpeza étnica comparável ao nazismo" 

"Ameaças tarifárias ao México e ao Canadá"

“Expulsão massiva de imigrantes nos EUA”

"Volta da construção do muro entre México/EUA"

"Acaba com direito a cidadania por nascimento de imigrantes"

"Fechar programas de inclusão social"

“Negação da diversidade sexual”

“Acordos e políticas para os bilionários”

“Golfo do México para Golfo da América”

“Taxação elevada de produtos 

de outros países- protecionismo”

“Aproximação com os neonazistas”

“As Big Tecs em conjunto no domínio da informação

  E de uma rede de mentiras”

 

Este é o peso do retrocesso

Desse "todo poderoso"

Agente laranja de extrema direita.

A forma autoritária

A forma imperialista

A verticalização arbitrária

Que coloca a vida humana em risco

E todo tipo de vida 

Da biodiversidade planetária.


Tudo pelo poder, dinheiro, militarização, ganância

Que arrogância fala mais alto

Que a vida humana e a preservação.

Os direitos humanos, a autonomia dos povos

Os direitos sociais caem por terra.

Os direitos da natureza negados.


A contenção das mudanças climáticas

Da emergência climáticas desgarradas,

Comprometidas pelo pais que mais impacta.

Conquistas humanitárias, sociais, da ciência

Como as vacinas, e acabar com a fome 

e a miséria estão ameaçadas.


O desencantamento está em curso

Nesta alta modernidade neo-liberal

Extremista, disfarçada de democracia.

As sombras do norte causam espanto

Causam medo e desesperança.

Um mundo em retrocesso.

Um mundo ameaçado.

Cabe resistir e continuar a propor

Algo que agregue para a humanidade.

Democratas, humanistas e ambientalistas

Devemos nos unir para combater essa barbárie.


*Paulo Bassani

 

 


quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

 ARTIGO

Folha de Londrina - Espaço Aberto pág. 02
Londrina, Pr
23/01/2025



A ecologia social e as relações humanas*


Félix Guattari em sua obra As três ecologias afirmava“A ecologia social deverá trabalhar na reconstrução das relações humanas em todos os níveis do socius” A relevância desta afirmação para a humanidade nesta segunda metade da década de vinte do século XXI é fundamental, e de uma importância vital. Ela nos faz pensar na recuperação do ser humano, num tempo de desumanização, escassez, de guerras, fome, miséria e de emergência climática. Se, as primeiras referenciam, a determinados países, etnias, segmentos sociais, a última, diz respeito a todos nós.  Não há outra opção!

 As tentativas de acabar com as guerras e conflitos, com a fome e a miséria, se estendem por anos, décadas, até mesmo séculos. Hoje não temos esse tempo de espera para reverter o processo instalado da emergência climática. O planeta foi e esta sendo altamente impactado pelas tecnologias modernas que imprimiram um desgaste enorme sobre os biomas planetários continentais e marítimos, em todos os continentes em todos os mares.  Nossa experimentação social que atribui a dominação da natureza sob todos os aspectos fracassou e nos levou a este quadro.

Nunca se falou tanto sobre a situação que nos encontramos. Já não bastam encontros, conferencias, protocolos, acordos que depois de declarados, assinados, são imediatamente esquecidos nas prateleiras da história. O não cumprimento destes pelas razões econômicas, sócias, políticas e pelos modos de viver adquiridos nesta contemporaneidade, merecem um frear imediato, para começar, na seqüência, a recompor as peças perdidas e destroçadas pelo estilo moderno de viver.

O problema cola-se da seguinte maneira: Haverá possibilidades da ecologia social reivindicar seu lugar na história como recompositora de nossas relações sociais destroçadas. Haverá possibilidade de um consenso mínimi, respeitando as diversidades, para viver. Haverá tempo para implementar tais transformações profundas e necessárias ao nosso tempo. Ou estaremos condenados  a um fim trágico num planeta que nos acolheu e agora nos expulsara. Pois ele que necessitou de nós para existir, mas que possibilitou a experiência humana por esses cerca de 200 a 230 mil anos. Agora numa sexta extinção já elegeu seu algox, os próprios seres humanos que não souberam usufruir das benesses que um planeta que nem tão distante de uma estrala, assim com nem  tão próxima possibilitou as condições de habitabilidade da vida e da vida humana.

Por isso que hoje se faz importante pensar qual o pensamento que nos levou até aqui e qual o pensamento, conhecimento e práticas  que vai nos orientar daqui para frente. Esse será um enorme desafio que teremos que enfrentar! Trata-se de abrir espaços para outros saberes, deixarmos de lado a forma como o sistema hegemônico nos colocou num cenário avassalador, para que outros saberes e praticas possam entrar em cena.

Sabemos, filosófica e cientificamente, que outros saberes, outras experiências estão aí, apenas precisamos descobri-las, ou até mesmo dar visibilidade a muitas delas que ocorrem as margens hegemônicas. No geral não tiveram espaço para crescer, para se demonstrar, para ter visibilidade. Sem contar que existem outros tantos que ainda não são visíveis se encontram em fase embrionária, outros que ainda não nasceram, mas se cultivarmos um chão fértil poderão nascer, emergir e demonstrar toda sua força, seus cores, seus brilhos.

Essa percepção, a partir, da compreensão de que nossa existência e continuidade depende desta atitude que reverta os estragos para estabelecer uma recuperação e posteriormente uma preservação horizontalizada de nossa história colada a história natural de que somos componentes partes autodestrutivas, porém também pensantes e responsáveis.

Eduardo Galeano afirmava, “Devemos tomar consciência que os direitos da natureza e os direitos humanos, são dois nomes da mesma dignidade. E qualquer contradição é artificial”. Quem sabe nessa mudança paradigmática as guerras, conflitos, fome e miséria poderiam ser estancadas nessa compreensão sensível do modo de viver apreendendo e compartilhando o tempo de vida com todos os seres vivos que coabitam na biodiversidade planetária. Ai seremos humanos de fato em todos os níveis do socius, como aliados, amigos na formação de uma mesma Teia da Vida.


*Paulo Bassani é cientista social


quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

 Artigo 


                            Santo Antônio da Platina, PR

22/01/2025

    Paulo Bassani


Alguns fatores da crise civilizacional*

 

A civilização contemporânea enfrenta uma crise de múltiplas dimensões, refletida em diversos aspectos de nossa vida individual e coletiva. Primeiramente, observamos um desgaste crescente na relação entre a humanidade e a natureza, resultado de um impacto ambiental devastador que revela nosso descuido com o planeta, a "casa comum" de todos. As nossas necessidades e a volúpia de nosso consumo ultrapassaram a capacidade reprodutiva do patrimônio natural, ou como queiram dos recursos naturais.  

Vivemos um tempo de aquecimento global, depois chamado de mudança climática e agora, presente nas ultimas grandes conferencias munidas da ONU- COPs e dos estudos do IPCC de emergência climática, emergência pelo fato de que estamos vivendo dentro dela e com o agravamento de todos os indicadores considerados como demarcadores desse estágio antropocêntrico que com forte pisada na biosfera planetária vem emitindo e extraindo mais do que o suporte de equilíbrio existente na teia da vida.

 Essa situação é agravada pela aceleração do estilo de vida imposto pela alta modernidade, impulsionada por avanços técnico-científicos que, aliados a uma sociedade de consumo desenfreado, transformam radicalmente nossos modos de viver, modo de lidar com as coisas e com as pessoas.

Outro fator crucial é a revolução vinda posteriormente e  a internet, que é o fenômeno das redes sociais, que redefiniram profundamente a comunicação, a informação, os relacionamentos e até mesmo o conceito de amizade, confiança e de interação entre as pessoas.  Essas transformações digitais refletem e, ao mesmo tempo, intensificam as mudanças profundas que estão moldando a história da civilização humana, nesta etapa civilizatória que chamamos de alta modernidade.

Jacques Delors, em sua visão para a educação do século XXI, propôs quatro pilares essenciais: "aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a viver juntos". Esses fundamentos são vitais para desenvolver a capacidade crítica e orientar as transformações necessárias em todos os níveis educacionais.  Talvez esse procedimento de apreender a apreender esteja hoje muito distante de atingirmos níveis satisfatórios, em função que o individualismo e a negação dialógica que, as redes sociais impõem, não conseguimos reverter em outros espaços tradicionalmente utilizados para os diálogos de aprendizagens e troca de experiências. Observamos que estes elementos são diferenciados diante do que vem se demonstrando, as redes sociais com todos seus aplicativos, alienantes, fragmentados e mercadológicos, criam um enorme conjunto de tolos isolados em falas soltas, que transformam o senso comum em idiotice.

A literatura distópica, como "Admirável Mundo Novo" de Aldous Huxley e "1984" de George Orwell, expressam angústias que ecoam nas preocupações atuais. Hoje, somos confrontados com incertezas relacionadas ao impacto da inteligência artificial em nossas vidas cotidianas. Facilitando algumas questões profissionais e mercadológicas, por outro lado diminuindo a capacidade cerebral do pensar, algo fundamental da essência humana, que nos identifica que nos caracteriza. Enquanto alguns adotam uma postura otimista, outros são mais críticos ou pessimistas estabelecendo questionamento necessários a este quadro que se configura de forma rápida e hegemônica. Ariano Suassuna, diante de um mundo em profundas transformações, por exemplo, preferia manifestar-se como um "realista esperançoso", enquanto Raul Seixas se via como uma "metamorfose ambulante", refletindo a fluidez e a adaptabilidade necessárias em tempos de mudança. E as mudanças que estamos assistindo e dentro delas sofrendo as influencias que nos são determinantes, pois elas nos apanham na entrada, no percurso e na saída. Elas penetram em nossa derme e epiderme, em nosso ser, pensar e agir, determinando sua forma única. Podemos resistir, mas as influencias estão a nos rodear como num iceberg perdido no mar, sem rumo sem destino.

É inegável que a alta tecnologia vigor afeta nossas emoções, afetos, percepções de mundo, e maneiras de vivenciá-lo. Nesse contexto de transformação acelerada, é crucial refletir sobre a nossa condição humana e o que significa estar vivo em nosso planeta, neste momento da história. Devemos nos submeter ao controle das máquinas? Enfrentaremos um conflito entre o mundo real e o virtual, como na distopia de "Matrix"? A realidade é que a perspectiva atual está imersa em incerteza, em riscos, em dúvidas enormes e, precisamos estar preparados para enfrentar os desafios e dilemas que ela nos apresenta.

*Paulo Bassani é cientista social



sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

 Série 

Água da Fonte




O TEMPO*

 

Ao me encontrar com o tempo

Perguntei: Você tempo como utiliza seu tempo?

O tempo respondeu !

Que não tinha tempo para perder tempo

Mas sei que o tempo é utilizado

Para usufruir a vida de quem tem tempo.

 

Voltei a indagar: E quanto tempo temos para perder

Para outras coisas?

O tempo, pensou, pensou

E disse: Ora o tempo é seu

Faça dele o melhor proveito possível

Não há como lhe dizer o que fazer com o tempo

O tempo é seu unicamente,

Suas atitudes, suas decisões tomarão

Conta de seu tempo.

Se elas forem correspondentes aquilo que imaginavas

Poderá dizer ao tempo que o tempo foi precioso

Que utilizaste da melhor maneira possível.

E quando tiveres alguma dúvida acerca do tempo

E pensar que o tempo está sendo ingrato com você

Lembra-se dos que pouco tempo tem,

Veja o tempo daqueles que já perderam tudo

O tempo e a vida,

E na aventura de viver,

Agora não há mais nada que o tempo possa fazer.


*Paulo Bassani

 

  


sábado, 11 de janeiro de 2025

 Série 

Água da Fonte






Percepção *


Alguém me contou

Que ontem havia desespero

Que a tristeza dominava a todos

Que a tensão estava no ar.

Porém, hoje, este mesmo alguém

Contou-me que o sol voltou a brilhar

As aves a cantar

O ar puro para respirar

E a alegria voltou a se hospedar.


Ora e o que esperar para o amanhã?

Sintomas de uma tensão

Ou alegria a se instalar.

Cabe minha obstinada caminhada

Para uma trilha de belos sonhos

Poder reiniciar.

 

*Paulo Bassani



sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

 Série 

Água da Fonte




O bem te vi*

 

Certa vez passeando

Pela rua onde moro

Vi um pássaro cantando alegremente

Sobre o muro da casa de meu vizinho.

 

Era um bem te vi com sua plumagem amarelinha

Com pequenos traços cinza e preto.

Percebi que seu canto

Era tão belo, altivo e sonoro.

 

Chegando mais próximo

Ele em nada mudou em seu cantarolar.

Nesse instante parecia cantar para mim

Então parei de fronte, sem me aproximar demais.

 

E com o tom de seu cantar tentei imitá-lo

Desafinado, mesmo assim ele prestou atenção

Respondeu-me com seu tom único, original e belo.

Nesse instante percebi a harmonia existente.

 

De ser natureza semelhante, integrada na presença

Numa sintonia que somente a natureza carrega

Tudo no simples canto do pássaro

Sob o murro da casa vizinha.

 

*Paulo Bassani


quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

 Série 

Água da Fonte

Inicio de uma nova Série de Poemas para o ano de 2025


Água da Fonte*


Hoje adoro musicas antigas

Vinho tinto seco 

Um banho quente

Livros, livros, livros

Pensar, pensar, pensar

Um notebook para escrever.

Estar junto à natureza

Pés descalços na terra

Uma caminhada no parque

O cheiro da terra

Cantarolar melodias

Respirar ar puro

Um banho de sol pela manhã

Observar o luar à noite

Encantar-me com as estrelas

Jogar futebol com amigos

Assistir um bom filme

Ouvir o silêncio

Sentir o vento agradável

Sorrir despreocupado

Beber água da fonte.

 *Paulo Bassani



terça-feira, 7 de janeiro de 2025

 Artigo

                                                Santo Antônio da Platina, PR
                                                            07/01/2025

https://www.portaltanosite.com/noticia/155483/um-design-natural-aprendendo-com-a-natureza

Paulo Bassani e Arthur Barbosa Bassani

Um design natural: aprendendo com a natureza*

A vida ocorre em tempos diferentes: o tempo de existência, o tempo de aprendizagem e o tempo das descobertas. Hoje, vivemos um momento crucial em que esses tempos convergem, desenhando um novo design civilizacional. Esse desenho é profundamente condicionado pela compreensão de nossa dependência da natureza, elemento essencial de nossa existência.

Nesta nova etapa, somos convidados a reconstruir uma relação com o mundo natural, uma conexão há muito negligenciada. Por séculos, distanciamos nossa prática e percepção de mundo das bases naturais de onde emergimos motivados pelo desconhecimento ou pelo predomínio de uma racionalidade instrumental, utilitarista e ambiciosa. Essa perspectiva, que priorizou a exploração e a eficiência, sobrepôs-se a uma racionalidade sensível, ou, como Enrique Leff nos sugere uma racionalidade ambiental. Hoje, percebemos a urgência de reavaliar essa postura. O entendimento de que a natureza é vital para nossa vida e sua qualidade em todos os espaços, sejam urbanos ou rurais, exige uma transformação radical em nossa maneira de olharmos e de fazer as coisas. Mais do que modelo de desenvolvimento estamos em busca de um modelo de envolvimento próximo entre os homens e a natureza em todos os territórios de vida.

Essa mudança começa com a observação cuidadosa e o diálogo com conhecimento o científico acumulado. Ela aponta para soluções inspiradas na natureza, aproximando os ambientes construídos de sua originalidade natural. Essa proximidade é um convite a repensarmos nossas respostas sociais, econômicas e culturais, pavimentando um caminho mais harmônico entre homens e natureza.

Estamos imersos em um cenário de mudanças climáticas, caracterizado por extremos provocados pelo impacto humano sobre biomas, terras e oceanos. Mitigar esses danos requer ação imediata, local e global, para reverter o desequilíbrio em curso. Esse movimento implica, sobretudo, um olhar renovador para o território em que vivemos uma prática de autoconhecimento que nos leva a importância: somos natureza. Pensamos, imaginamos, criamos, mas somos, acima de tudo, parte dela. Essa consciência nos confere a responsabilidade de compatibilizar os espaços de vida que a modernidade construída com a natureza que, por muito tempo foi ignorada, pensado que poderíamos viver sem ela.

Um novo design começa a emergir, manifestando-se em casas, prédios, condomínios, parques e jardins. Esses lugares se transformam em refúgios harmônicos, repletos de cores, cheiros, sombras e micro climas. Um design estético que cria e recria os ambientes muito próximos do que a natureza sugere, ou o que se divulga hoje na busca de soluções baseadas na natureza. A integração do verde, das flores e dos elementos naturais ressignifica os ambientes, tornando-os mais acolhedores, únicos com experiências inesquecíveis.

Essa busca pela recomposição ecológica, pela recuperação, pelo plantio e pela manutenção dos pequenos, mas preciosos espaços compartilhados entre humanos e o mundo natural, é agora essencial. Não se trata apenas de uma escolha, mas de uma responsabilidade coletiva, que envolve tanto cidadãos quanto empresas. A incorporação de práticas sustentáveis ​​no âmbito do ESG (Environmental, Social, and Governance) é um passo crucial, mas não menos importante que o compromisso de cada um diante das tarefas recuperadoras e cuidosas que teremos pela frente

Quanto mais estreitarmos essa conexão entre urbanidade e ruralidade, mais ampliaremos nossas possibilidades de estabelecer uma nova relação com a natureza, uma relação de sintonia, capaz de agregar qualidade de vida, beleza e harmonia ao cotidiano. Este é o desafio e, ao mesmo tempo, a promessa do design natural: recriar espaços que nos reconectam ao que somos ao que sempre fomos, a natureza que pensa, cria e sonha com um futuro mais equilibrado e sustentável.

    * Arthur Barbosa Bassani é agrônomo

 ** Paulo Bassani é cientista social

 

 

 


domingo, 5 de janeiro de 2025

 Inspirações para 2025

                                 


15 pensamentos e orientações para 2025

Dos clássicos do Estoicismo, passando por Aristóteles e Sócrates. Outros contemporâneos como Dostoievski, Bob Marley e Saramago. Além de algumas formulações próprias


1.       Sorte é o que acontece quando a preparação encontra a oportunidade (Sênica)

2.       Se o problema possui solução, não devemos nos preocupar com ele. E se não possui solução, de nada adianta nos preocuparmos. (Epíteto)

3.       O que você teme perder, se nada do mundo realmente lhe pertence. (Marco Aurélio)

4.       Pessoas inteligentes apreendem com tudo e com todos. As pessoas comuns aprendem com suas próprias experiências. Pessoas estúpidas têm todas as respostas. (Sócrates)

5.       Talvez eu seja enganado inúmeras vezes... Mas não deixarei de acreditar que em algum lugar, alguém mereça minha confiança. (Aristóteles)

6.       O que te adianta falar como sou. Se você vai acreditar no que os outros vão te dizer.  (Bob Marley)

7.       Se tens um coração de pedra, faça bom proveito dele. O meu o fizeram de carne e sangra todos os dias. (José Saramago)

8.       O mistério da existência humana não está apenas em permanecer vivo, mas encontrar algo pelo qual viver. (Fiodor Dostoievski)

9.       Existem pessoas que você não pode mudar. Elas são como o número 689, mesmo se você virá-lo ainda permanecerá 689.

10.      Não se importe com a opinião dos outros, são apenas opiniões.  A maioria que te julgam, opinam não dialogam com você e nem se quer te conhecem.

11.      A estupidez coloca-se na primeira fila para ser vista. A inteligência coloca-se na retaguarda para ver, para tentar melhor entender os fatos. 

12.      Para evitar decepções demasiadas na vida, tente evitar viver de expectativas, seja um realista esperançoso.

13.      Nós brasileiros devemos e podemos oferecer ao planeta uma alternativa de mundo no ponto de vista humano, existencial e ambiental.

14.      Não posso abdicar o pensar crítico, a leitura e a profundidade das análises, elas me tornam o que sou.

15.      Na natureza encontro a paz, a explicação e o sabor do viver. Nela é fonte suprema de inspiração.   

  Série  Água da fonte Paulo Bassani Simples assim*   Os problemas aparecem As dificuldades inúmeras Poucas saídas apontam E as ...