TESTE POP

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

 

A arte de ser professor*


Aprendi a não ser um professor que suja os sapatos

apenas entre o estacionamento e a sala de aula, em dias

de chuva, é preciso enlodar em outros campos. O

academicismo em si, mais parece à redefinição dos

mosteiros da idade média. Necessitamos de uma práxis

permanente, encontrar nesses outros campos através das

observações, dos diálogos, elementos para poder

capacitar, preparar, empoderar a população, elaborar e

re-elaborar o conhecimento nesta busca constante.

Trata-se de uma tarefa permanente de despertar na

condição humana a singularidade que nos une que

dialoga que colabora e, respeite toda a diversidade

cultural em seus modos de viver. Trata-se de novos

exercícios libertadores e criadores e que podem ser

trabalhados em todos os processos educacionais que

entenda inspire o olhar, o perceber, o sentir que o amanhã

poderá e deverá ser melhor que o hoje.

Esta será uma longa e difícil tarefa do ensino, da

educação e a cultura a de construir percepções novas de

mundo para reinventar o viver. Temos um longo caminho,

serão muitos exercícios de imaginação coletiva e criativa

para que na troca de experiências e informações,

possibilite com leituras críticas e a reflexão o

estabelecimento de roteiros possíveis, mesmo nas frestas

do velho, que insiste em sobreviver, e que o novo projeta-

se como luz que clareia os passos em direção ao futuro.

Irmos a ele sem saber o todo, sabendo o que não devemos

fazer, e que o construto do amanhã seja marcado pelo

diálogo de saberes, de experiências que nos ajudaram a

compor essa caminhada. E que o novo seja repleto de

coisas boas que agreguem sentido a vida. Cada passo no

caminho incerto encontrar uma mão que nos alcança um

olhar que nos insinue um coração que nos acolha, com

poesia sensibilidade e gratidão.

A arte de professorar exige tempo, muita leitura,

pesquisa, reflexão e compreensão da vida. Numa construção

permanente tentando ser a arte presente num quadro de

Vicent van Gogh, a sofisticação de FranK Sinatra, a

escrita de Graciliano Ramos, a voz de Milton Nascimento,

a delicadeza de Francisco de Assis, e nas qualidades de

todos e os mistérios indecifráveis de uma vida.

Todas são tentativas de ser. Ensinar e apreender a

ser e estar no mundo como seres humanos, raros, belos,

imaginativos, criadores do viver, do amanhã. Para que ele

possa ser melhor do que ontem. Penso ser essa a marca de

um professor, tentar ser e demonstrar seu valor na arte

cotidiana do educador. Toda essa bela arte pode até não

ser reconhecida pelo poder público, pela sociedade, pelos

estudantes, mas há alguém, mesmo no fundo da sala que

reconhecerá. Esse reconhecimento será o grito forte, o

olhar altivo, o sopro do vento, o brilho dos olhos, o

sorriso na face, o enigmático anjo que surge e ressurge.

Porque professorar é buscar sempre o inatingível, é

redimensionar nossos potenciais, nossas capacidades,

nossos sonhos. Olhar para o alto e acompanhar as estrelas

em sua direção num universo sem fim e, perceber que ainda

temos um longo caminho de aprendizagens, de

aprofundamentos necessários, de descobertas. Descobrir

onde se escondem as belezas da vida e na clarividência,

onde moram os segredos do conhecimento, de onde a

potencia da luz e do calor emergem trazendo a

ressignificação permanente.


*Paulo Bassani é cientista social, escritor e prof. universitário.

Folha de Londrina, Espaço Aberto - Opinião do Leitor, pág. 03 - Londrina, PR - 28/02/2023

http://folhadelondrinadigital.pressreader.com/article/281535115186537

 


Flor solitária

Nasce só

Renasce.

Resplandece,

Encanta,

Colore.

Silenciosa

Aguarda as demais

Semelhantes

Diferentes,

Encantadoras.

Assim somos!

Sós,

Com nosso brilho,

Nossa qualidade

Nossos defeitos.

Aguardamos

Outros próximos.

Chegam...

Não encantam,

Não motivam,

Não colorem.

A flor solitária

Consubstancial,

Sempre bela.

A vida solitária.

Incondicional,

Intrínseca.

*Paulo Bassani é cientista social, escritor e prof. universitário


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023


Fórum Desenvolve Londrina
Apresentação do Caderno de Estudos de 2022
Londrina - PR

 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023


Fórum Desenvolve Londrina

Reunião em 23/02/2023



Prof. Dr. Paulo Bassani
Membro do FDL desde 2015

Tema ainda em construção para o ano de 2023
caminha para 
 POLITICAS PUBLICAS E DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL


 




 Breve vivencia árdua desumanidade*

 

Somos uma espécie, os seres humanos, com um pouco mais de 200 mil anos de experiência, pouco para a história da vida e muito pouco para a história planetária, e que dizer das origens do universo.  Porém nos últimos 400 anos, de forma acelerada mudamos completamente nossa compreensão de mundo e de nossa ação sobre ele. O paradigma construído foi do regime de racionalidade moderna capitalista que, passou a governar a vida, determinando sua lógica a todo tipo de vida no planeta. Com uma força tal que determinou uma vontade de domínio, poder sobre a natureza e sobre os homens.

Esta é uma racionalidade contrária a condição humana. Uma racionalidade econômica, que objetiva uma redução de vida, um pragmatismo condicionado pela capacidade de produção no sistema. Isso predominou e, predomina no logos humano, separando das condições do ser humano e da vida. Algo que vem do cartesianismo, que se constitui um momento fundacional desta compreensão e deste modelo, como forma única, nada é possível fora dele,  sua lógica central, apesar de estabelecer intensidades diferenciadas confunde, muitas vezes, nossa leitura, nossa interpretação,

O que estamos levantando, neste ensaio, são as diferenças entre a ontologia do capital e a ontologia da vida. São coisas completamente diferentes! Há um conflito fundamental.  A ontologia do capital nos coloca a objetivação, a quantificação, a acumulação, coisificado, uma racionalidade fria, calculista. E por outro, a ontologia da vida, da diversidade de que somos formados, com sua sensibilidade, empatia, e respeito.

 Numa breve ilustração, de forma simplificada, podemos dizer assim como o capitalismo cooptou a modernidade, o mercado cooptou a democracia. Percebemos que num primeiro momento, a modernidade como projeto de mundo, nasce com princípios de liberdade, igualdade e fraternidade. O que chega, e se instala, nesta decorrência determinará essa liberdade aos burgueses, ricos, igualdade na forma de estabelecer as leis de domínio e subjunção (exploração, subordinação, expropriação), e a fraternidade foi transformada em assistência social, ajuda esporádica aos pobres, como um desencargo de consciência. Esta ilusão de pregar a liberdade e igualdade através do trabalho, produção e do consumo tem sido uma propaganda ideológica do capital que se expande de forma crescente e ampliada, modificando-se pela produção e especulação financeira. Passa a idéia, como validade de vida, de que somente através do crescimento econômico é que as liberdades, as igualdades e as fraternidades irão ocorrer. Estamos no aguardo!

Pelo que sabemos o liberalismo, que hoje comanda a economia, somente gera lucros em condições de monopólios, onde a concorrência é falsa, pois há um grande acordo das grandes riquezas para que se determinem valores, normas, procedimentos, crenças morais. Uma concorrência sem concorrência, uma jogada de poder. Onde o estado democrático liberal permite como legitima esta forma. Por exemplo, há uma política de salário mínimo, não há salário máximo e nem taxação sobre grandes fortunas, os impostos diretos e indiretos incidem com maior rigor sobre quem trabalho. Os ganhos não possuem limites, o estado não intervém nesse processo, ele garante este cultura. O estado, no geral, garante o estado antidemocrático no sentido social, ambiental e econômico. Não estabelece uma reforma tributária profunda, não limita os ganhos dos bancos, não estabelece controle social dos ganhos de capital especulativo. É preciso saber que salário não é renda, salário é para manter-se vivo para comprar e pagar os bens necessários para viver.

Na democracia que ocorre através do voto trata-se de colocar no poder alguém que nos represente, isto é democracia representativa. Isso se traduz através do mercado, onde com veemência usa o dinheiro para a compra de votos e manter o poder sob controle. O poder em curais eleitorais compram votos, fortalecendo o sub-mundo do crime. Estimulando a falsa crença de que pobre não tem a vocação de comando, de lidar com a política. Para tanto sistemas democráticos necessitam de muito amadurecimento para ingressar num tempo de justiças, equilíbrios, equidades entre economia e sociedade, entre capital e trabalho, entre sociedade e meio ambiente.  


*Paulo Bassani é cientista social, escritor e prof. universitário

22/02/2023 - Santo Antônio da Platina -PR  (Artigo)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

 

Oferta de Palestra


Tema: "Busca da Inovação Sustentável"


Prof. Dr. Paulo Bassani

Cientista Social, Escritor, Prof. Universitário



 

       Oferta de  Curso

 

I.  Reflexões Socioambientais: Fundamentando às práticas sustentáveis

 

1.1.      Conceituando a Sustentabilidade;

1.2.      Formação de uma Cultura Sustentável;

1.3.      A relação entre o homem e a natureza na alta modernidade;

1.4.      Desafios de praticas sustentáveis sob controle do capital.


Objetivo do Curso:

Obter um conhecimento teórico e metodológico que permita ingressar no mundo da Sustentabilidade de forma consciente e preparado para os desafios do mundo moderno e de seus enfrentamentos.

Duração do Curso: 12 horas

Ministrante: Prof. Dr. Paulo Bassani

Certificação: GEAMA- Empreendimentos Sustentáveis e ONG E-LETRO


 



Catalisador da singularidade*


Esgota-se a estupidez

Que barra os sonhos,

A escuridão instala-se

O vazio absorve toda iniciativa.


Resta acelerar os sonhos,

Compreender o momento,

Ampliar a realidade

Construir novas histórias.


Tecer o livro inacabado

Exercer a razão com sensibilidade

A emoção com prudência.

Numa textura mental de construtos.


Escrita em nuvens

Para a chuva

Irrigar os caminhos

Que inclua a singularidade.


Com palavras

Como poesia,

Com sensibilidade,

Com destreza.


Que rompe os desencontros,

Que assimilam os raios de sol

Que penetram por entre as frestas, 

Que recuperem a humanidade perdida.


*Paulo Bassani é Cientista Social, Escritor e Prof. Universitário



 

Abertura do Fórum

Local: Santuário Estadual Nossa Senhora do Rocio, Paranaguá – PR

 

Apresentação 16/03/2023 - Horário: 09:00 hs

Titulo da Apresentação:

“Programa de Carbonização dos Resíduos e Cultura Sustentável” 

 Prof. Dr. Paulo Bassani 

GEAMA: Empreendimentos Sustentáveis, M4 Ambiental, INNBRÁS

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

 



Ressurge o Carnaval*


Roupas coloridas e fantasias,

Euforia em corpos suados

Problemas interrompidos

Da vida em sobre saltos.


Ilusão, prazer e dor

Tudo se mistura

Em forma e cor.

Em fantasia e harmonia.


No ardor da madrugada

Com chuva ou sol,

O canto enfeitiça

Até o dia clarear.


O tempo, a pandemia

Apagou a alegria,

Nublou os sonhos,

Escondeu a fantasia.


Energia e folia,

Canto e olhares

Ressurge a alegria

De suor e cantares.


Dias se apagam

Na lembrança do que foi

Mas o amanhã incendiado

Para a realidade estrear.


O dia virá,

A semana acontece,

O carnaval acaba,

Para a vida inaugurar.


*Paulo Bassani é Cientista Social, Poeta, Escritor e prof. Universitário



                                                            GEAMA 2023

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

 




Chuvas, ventos e encantos*


Chuva que cai

Chuva que vai

Chuva que vem

Chuva que destrói.


Ventos que vem

Ventos que vão

Ventos que levam

Imensas construções.


Almas que vagam

Sonhos que adormecem,

Utopias que se apagam.

Em terras arrasadas...


A fertilidade renasce das cinzas

Dos areais, das tempestades, e dos vendavais.

Da resistência que atropela,

E se instalam nos cafezais.


Águas frescas se acomodam

Com animais circulando,

Pássaros livres voando

E as flores emergindo.


Todas as fragrâncias da vida,

Que esbanja força, vigor e encanto

Ocupando um espaço

Que sempre foi seu.


 *Paulo Bassani é Cientista Social, Escritor e prof. Universitário


 



Tempos difíceis e a reconstrução democrática*

Em nosso tempo, final da segunda década e início da terceira do século XXI, vivemos uma crise bastante significativa que leva muitos de seus maiores intelectuais a repensar os destinos da sociedade em curso. Já conhecemos a tensão e o medo causado pela pandemia da COVID-19, e outras tensões e ameaças que nos circundam. Mesmo que circulem, por uma parte da intelectualidade, certo ar de desânimo em relação a possíveis caminhos, há também outros que tentam identificar pelas brechas e de lá perceber as luzes de um amanhã melhor para a humanidade. Se há um estreitamento de horizontes na realidade crua que vivemos, também há um alongamento de possibilidades quando verificamos o potencial humano ainda não utilizado para as novas descobertas e, que estas, não repitam as bases filosóficas, científicas e tecnológicas insustentáveis.
Trata-se de refazermos a civilização. Pretensão gigantesca, porém necessária. Quando os horizontes se fecham não há outra saída para evitar a barbárie. Necessitamos sentar para conversar sobre os rumos dos processos em curso que colocam o capital e o mercado como centro, e esquecem-se da vida humana e natural. Não há principio epistemológico e moral mais brutal que este! A vida, o crescimento humano vale menos que o dinheiro, e o crescimento dos capitais que se acumulam em poucos centros planetários, em poucas mãos, ignorando todo o restante que padece de direitos mínimos.
Há uma necessidade de diálogos e decisões concretas no encontro de equilíbrios entre o progresso, os direitos humanos e a conservação da natureza. Isso para definirmos o traçado de modelos sócio-econômico, cultural, político e ambiental possíveis. Se o caminho democrático é o meio mais viável para concretizar tais eventos, então vamos pensar na democracia. Não desta democracia conveniente ao capital que com o dinheiro comanda a troca de poderes para manter tudo e sempre igual. Ela necessita sair desta miopia enganatória econômica e ter noção e visibilidade social, humana e ambiental. Uma nova narrativa democrática que ultrapasse as convenções em curso, propondo novos formatos. Neste sentido há necessidade de abandono de uma democracia de baixa intensidade, baixa densidade para conquistar uma democracia de alta intensidade, alta densidade participativa, colaborativa, distributiva. Que consiga olhar e contemplar o todo de seu território e de sua população, onde não ajam privilégios, nem regionais nem de segmentos populacionais, mas todos contemplados no rol de uma cidadania emancipatória.
Esta é uma democracia possível, que se faz e se constrói no cotidiano da vida social, econômica, cultural. Onde o exercício da cidadania ocorre em sua forma de expressar e vivenciar no dia a dia concreto. Forjando as mudanças necessárias para encontrar denominadores que mais representem uma vida em sociedade com os direitos e deveres, além do voto que garante a representação, buscar realização através da participação, do entendimento de como funciona a sociedade existente e, de como ela pode ser, com a minha e com a nossa participação.

*Paulo Bassani é Cientista Social, Escritor, Poeta e Prof. Universitário



EM BREVE !

 



Em fase final de elaboração

 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023


Portal de entrada de Fagundes Varela - RS

Hoje como uma simpática e cordial população de 2500 habitantes.

Minha Terra Natal !!!


 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

                                                                      PALESTRA 


"Sociedade e Natureza:

Um impasse de nosso tempo"

  UEL

Prof. Dr. Paulo Bassani

GEAMA: Empreendimentos Sustentáveis

13/02/2023








quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023



 PALESTRA 


"Sociedade e Natureza:

Um impasse de nosso tempo"

  UEL

Prof. Dr. Paulo Bassani

GEAMA: Empreendimentos Sustentáveis

13/02/2023




 

Árvores e aprendizagens*

 

Somos nós que contemplamos,

Somos nós que agradecemos,

Somos nós que respiramos,

Somos nós que apreciamos sua beleza,

Somos nós que admiramos sua paciência,

Somos nós que não temos essa firmeza,

Somos nós que não toleramos,

Somos nós que não fornecemos sombra aos outros.

Somos nós que não temos cores

Somos nós que não somos verdes, amarelos,

Vermelhos, roxos e tantas outras tonalidades.

Somos ramos sem  frutos,

Somos nós que nada apreendemos desse mundo.

Somos nós que temos pressa,

Somos nós que poluímos,

Somos nós que matamos,

Somos nós que derrubamos,

Somos nós que destruímos,

Somos nós que artificializamos,

Somos nós que não observamos os detalhes

Somos nós que julgamos os outros,

Somos nós carregamos  ódio,

Somos nós que cultivamos a estupidez,

Somos nós que admiramos a insensatez,

Somos nós que pouco aprendemos da natureza.

Se parte somos da teia da vida,

A parte que pensa, que cuida.

De fato devemos apreender muito ainda

Com as árvores, com a natureza,

Firme,  forte, sensível e bela.

 

*Paulo Bassani, Cientista Social , Escritor, Poeta  e prof. universitário


  Ensaio                                                                Santo Antônio da Platina, Paraná 18/06/2025                         ...