TESTE POP

quarta-feira, 30 de novembro de 2022


 

       Qual a lição da COP 27 do Egito de 2022? III


“O Planeta Terra, coincidentemente durante a realização da COP 27, ultrapassou a população dos 8 bilhões de habitantes, marca alcançada segundo informações da ONU em 15 de novembro. Poderíamos dizer aqui esta o problema? Porém mais da metade da população mundial consome muito pouco do patrimônio da humanidade (recursos naturais, inclusive comida), enquanto 20 a 30 % consomem, devastam, poluem nossa biodiversidade. Por um estilo de vida consumista e predatório, assim colocando em risco toda a sobrevivência de toda espécie”.

*Paulo Bassani pesquisador socioambiental e prof. universitário

https://professorbassani.blogspot.com/

terça-feira, 29 de novembro de 2022


 

                                   Qual a lição da COP 27 do Egito de 2022? II

Em breve ingressaremos numa era dos êxodos climáticos, cerca de 1,5 bilhão pessoas migrarão até 2050, quando suas casas ou terras tornarem-se inabitáveis serão castigados pelo aquecimento global e uma nova geopolítica do mundial poderá se estabelecer. A luta por espaço, territórios para morar, continuar a viver, será mais um dos maiores desafios colocado pelas Mudanças Climáticas em curso, como se já não tivéssemos problemas”.

*Paulo Bassani pesquisador socioambiental e prof. universitário 

segunda-feira, 28 de novembro de 2022



 


Ser crítico e humanista*


 O homem crítico e humanista de nosso tempo não deve fugir dos desafios explicativos e nem dos debates. Deve observar analisar, acompanhar os fatos, os depoimentos, as narrativas, mesmo sabendo que muitas delas não cabem respostas. Entender que no seu pensamento há sementes que poderão germinar num solo fértil, repleto de potenciais e que seu compromisso é de despertar potenciais e preservar a vida. O homem crítico tenta irrigar as mentes humanas, na qual, a alta modernidade tende a secar, criar desertos, colocar uma pá de cal sobre o ato do pensar e, os exemplos estão aí, na tentativa de tornar todos os cérebros secos, estéreis, opacos.

Lutar, resistir, despertar, pensar, sempre e não devemos nos contentar com o que existe, devemos buscar sempre melhorar o mundo ao nosso redor, para que se torne um lugar melhor para viver a tudo e a todos que formam a grande teia da vida.

Gonzaguinha, grande compositor e cantor, que com muita sensibilidade, nos deixou um belo legado, principalmente para nossa juventude, que chamava de rapaziada, no seu disco “Sementes do Amanhã” com poesia e paixão expressou a seguinte mensagem, pertinente para pensarmos o tempo que  vivemos hoje, dizia: “ontem um menino que brincava  me falou, hoje é a semente do amanhã, para não ter medo que esse tempo vai passar. Não se desespere e nem para de sonhar. Nunca se entregue nasça sempre com as manhãs. Deixe a luz do sol brilhar, no céu de seu olhar. Fé na vida fé no homem fé no que virá, nós podemos tudo, nós podemos mais. Vamos lá fazer o que será.”

Ser sementes do amanhã é o desafio, é sem dúvida uma grande oportunidade para expressar esse potencial que nós seres humanos temos. Mas como avançar se as amarras instrumentais de nosso tempo nos fazem reféns e puxam para traz?

No cotidiano superar a ausência de diálogos, pelo contrário buscar sua ampliação, pois esses se fazem necessário e com eles as decisões concretas no encontro de equilíbrios entre os avanços técnicos científicos, os direitos sociais, humanos e a conservação da natureza. Isso para definir um traçado mínimo de modelos sócio econômicos, cultural, político e ambiental possíveis.

Se o caminho democrático é o meio mais viável para concretizar tais conquistas, então vamos aperfeiçoar o gesto democrático. Não de uma democracia eleitoral e que atenda aos interesses do mercado que comanda a troca de poderes para manter tudo e sempre igual. A democracia amadurece quando rompe esta miopia enganatória da supremacia econômica e  amplia a noção e visibilidade social, humana e ambiental.

Pensamos e imaginamos uma narrativa democrática que ultrapasse as convenções em curso, propondo avanços, novos formatos. Neste sentido há necessidade de abandono de uma democracia de baixa intensidade, baixa densidade para conquistar uma democracia de alta intensidade, com densidade participativa, colaborativa e distributiva. Que contemple todo seu território, sua população, sem privilégios de segmentos populacionais e nem tão pouco regionais onde todos são tratados e contemplados no rol de uma cidadania emanciatória.

Mas estas ainda são conquistas ao longo da caminhada. Elas terão que emergir pela abrir fronteiras. Talvez, num primeiro momento, não identificaremos como novas concepções, pois delas nada conhecemos nada sabemos. Se soubermos, elas não são novas, são fatos encobertos pela película do novo.  E estas têm força de apresentar-se com realidade ilusória que nos envolve nos atrai, nos contamina, nos engana. Talvez tarde seja, porém ainda a tempo, de superar esta falta de autenticidade, pela aparência do engodo repetitivo de uma derme enfeitiçada apresentando-se como camaleão.

Entendemos que será laboriosa essa reconstrução, pois velhos materiais estão aí postos como os únicos para a edificação. Necessitamos definir, no caminhar, estes novos formatos e dispensar materiais antigos e utilizar outros artefatos e criar e inovar outros tantos. Assim podemos, assim caminhamos, sem um destino definido, porém, com experiências da condição humana que nos conduziu até aqui definidas pela razão, agora acompanhada pela sensibilidade de um coração que sangra que foi e é marca de nossa espécie.

*Paulo Bassani é cientista social, escritor e prof. universitário

Folha de Londrina - Espaço Aberto, pág. 02, 28/11/2022

 


sexta-feira, 25 de novembro de 2022


 Qual a lição da COP 27 no Egito em 2022 ? I

“Somos a natureza, sempre fomos. Porém houve um tempo que nos separamos dela para poder dominá-la e isso gerou um mundo de mudanças climáticas intensas, não estamos conseguindo frear. Agora chegou o tempo desse reconhecimento de que somos a natureza que pensa que imagina por isso nos colocamos na condição de seres éticos, responsáveis e zelosos e cuidadosos com tudo o que é vida e gera vida na biodiversidade planetária. Não temos outra opção. O tempo está acabando!”

*Paulo Bassani pesquisador socioambiental e prof. universitário 


                                             Poeta da vida * 

 

Não quero dizer o que pensar

Não quero dizer o que fazer

Não quero direcionar ninguém

Quero apenas lembrar

Que somos seres criativos, imaginativos e sensíveis

E podemos criar novos jeitos de viver,

Novos jeitos de caminhar,

Que poderão determinar o que pensar,

O que fazer,

Para onde nos direcionar.

Na poesia, na arte, na ciência e na filosofia

Há inúmeros caminhos

Ainda não percorridos

Com um novo olhar

Vamos traçar essas possibilidades

Que emergem sempre que o sol brilha,

Sempre que chuva cai

Quando a árvore cresce

E a brisa nos envolve,

Tudo nos enfatiza o viver,

Com a sensibilidade que está presente

Na teia da vida que nos rodeia

Que nos alimenta,

Que nos ressignifica

Que nos resulta.

 

*Paulo Bassani poeta, sociólogo,  ensaísta e professor universitário

Minha homenagem a Thiago de Mello

                    

domingo, 20 de novembro de 2022


“Nossas realizações nunca são tão belas quanto o que sonhamos. Os sonhos alimentam nossas utopias e juntos caminhamos e, tudo nos faz lembrar que somos humanos, é nesse humos - terra fértil que saberemos e entenderemos o sabor desses novos frutos"

Paulo Bassani, 2022


quarta-feira, 16 de novembro de 2022

 


                            
Cem anos de José Saramago*

Um português que encantou
O mundo com seus versos
Com sua escrita.
Foi Nobel da literatura
Numa linguagem que movimentou
O pensamento e as mentes engessadas
Denunciando a cegueira de nosso tempo.
Indignado com estupidez humana
Com a exploração do capital
Com as injustiças sociais
Lutador com as palavras
Com seus versos, com seus livros

Para construir um mundo mais humano
Mais sensível solidário.
Acreditava que deveríamos
Os intelectuais, os cientistas,
Os poetas, os escritores os artistas,
Todos os que com sorriso no rosto
E de coração que pulsa
Estender e dar as mãos
Para junto a muitos outros
Formar uma grande Tribo da Sensibilidade
Pessoas que com sua arte
Com seus escritos, sua força
Possam estimular a formação de um mundo
Com alta sensibilidade para com a vida.
Com respeito, cuidado e empatia.
Mas há uma cerca cegueira em curso!
E reconhece que a principal cegueira de nosso tempo
É de que temos tanto conhecimento,
Sabemos o tanto o que nos levou até aqui
E nada fazemos para reverter, para mudar.

Saramago não estava muito preocupado
Com a pontuação, os parágrafos
Mas com o sentido da escrita e de suas palavras.
Em nossa condição humana
Somos responsáveis para criar as diferenças
Entre o passado e o futuro.
E nos jovens há esse construto do amanhã.
Saramago acreditava nessa transição!
Vivendo uma nova aventura
Na ciência, no conhecimento, no saber
Que incorpore criatividade, imaginação,
O equilíbrio, a prudência e a decência.

*Paulo Bassani é cientista Social, escritor e prof. universitário
Folha de Londrina, 16/11/2022 – Londrina- Paraná- Brasil

segunda-feira, 7 de novembro de 2022



          Cursos de curta duração proferidos pelo 

Prof. Paulo Bassani


I.                   “A questão ambiental e a saúde humana e planetária” - 12 hs

II.                “Agricultura Familiar e Desenvolvimento Regional” –  20 hs

III.             “ O desenvolvimento sustentável local: estratégias e desafios”- 20 hs

IV.               “Professor de Cidades – Educando a Eco cidadania” – 20 hs

V.                 “Mudanças Climáticas: desafios de um modelo de desenvolvimento” – 12 hs

VI.              “Meio Ambiente e Sustentabilidade Necessária”- 24 hs

VII.           “Reflexões Socioambientais: Fundamentando as Práticas Sustentáveis” – 20 hs

VIII.        Diálogos Socioambientais: Um Pensar Imperfeito" -20 hs

IX.      "Educação Ambiental e Sustentabilidade " -12 hs

X .      "Pertencimento e cidadania: organização das cidades sustentáveis" - 12 hs

XI.     "Formação da Cultura da Sustentabilidade " - 20 hs


 

Prof. Dr. Paulo Bassani

Rua José Maria da Silva Paranhos, 196

Jardim Presidente – Londrina – Paraná

CEP: 86061-270

Fone: 43 988451696

bassani@uel.br   e  paulogeama@yahoo.com


                     Palestras  Proferidas pelo Professor Paulo Bassani


1. A Sustentabilidade Necessária;

2. A formação da cultura da sustentabilidade;

3. Educação Ambiental;

4. Educação Crítica para o futuro;

5. A relação entre o Homem e a Natureza na Modernidade;

6. Agricultura familiar desafios;

7. A biosfera planetária e seus limites; 

8. As Cidades Sustentáveis: planejamento e ação; 

9. Cidades Educadoras e cidades inteligentes;

10. Natureza e Economia: impasse de nosso tempo;

11. Natureza e Sociedade: desafios;

12. Era do Antropoceno: tempo de incertezas;

13. Busca da inovação sustentável;

14. A Sustentabilidade e o desafio da Agricultura Familiar;

15. Ética, Cuidado e Sustentabilidade: necessidades de nosso tempo;


Prof. Dr. Paulo Bassani

Rua José Maria da Silva Paranhos, 196

Jardim Presidente – Londrina – Paraná

CEP: 86061-270

Fone: 43 988451696

bassani@uel.br   e  paulogeama@yahoo.com




sexta-feira, 4 de novembro de 2022


                                        Geral Artigo - 04/11/2022  - Santo Antônio da Platina -PR

Abriram-se as janelas*

“Agora ingressamos num novo tempo de convivialidade”


            Ao abrirmos as janelas para com o futuro, é momento de ampliarmos os horizontes e os diálogos com o amanhã, pois algo novo acontece, na alegria que ocupa as praças, refunda nossa alma e se revela na afabilidade de muitos. Primeiro e importante fator a ser realizado, nesse percurso, trata-se de descolonizar nossa mente: nossa forma de pensar e de viver a qual comumente tratamos como forma pronta e acabada, com os preconceitos ritualísticos de uma moral engessada, depois e, não menos importante, conhecer a fundo o quadro econômico, social que nos colocou nessa situação


Agora ingressamos num novo tempo de convivialidade. O que tentaremos fazer, nesse estágio, que chamaremos de transição, são desvelar as contradições, as caixas pretas, as mentiras, os medos ocultos que circundavam nosso cotidiano e, conhecer a fundo o estado real, para que uma nova possibilidade de planejamento se instale, e nesta, possamos viver e habitarmos em paz, de forma ética, cuidadosa, respeitosa, solidária e justa nesse nosso pais e neste “nosso” planeta.

Precisamos respirar abrir os olhos, recuperar o espírito de nosso tempo e darmos conta que todos podem e devem participar sem fome, miséria, mas emprego e renda. Agora não mais de experiências de um design do passado e não democrático, de um tempo que sabemos bem como começa, e como se instala no percurso da modernidade, com seus fluxos e seus resultados, compreendemos e não queremos que seja por aí, vamos testar outras.

A biodiversidade agradece a nova chance de demonstrar seu amor a vida humana e a todo tipo de vida. Ela, com sua existência plena, bela e radiante, é a única esperança de prolongamento de nossa existência, agora sábia, compreensiva e tolerante.

Juntos, muitos são chamados a pensar e construir, algo novo já experimentado, multiplicado com a composição de iniciativas inéditas, e que a soma destas, que seja o inicio de um processo civilizatório que caminhe rumo à emancipação. Não há democracia de alto teor sem o exercício das práticas democráticas em todas as dimensões da vida e estas vão muito além do voto. Com dimensões horizontalizadas que implicam e repliquem em democracia de intensidade social, política, econômica, cultural e religiosa. Talvez aí nesta proporção esteja latente a capacidade de entender nossas necessidades e nossas utopias, de um tipo de mundo que queremos viver.

*Paulo Bassani é cientista social, escritor e prof. universitário

 



 

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