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segunda-feira, 19 de setembro de 2022




“SEMEADOR DE UTOPIAS”*

 

Um dia as águas escolheram um homem

Um homem chamado João, João da Águas.

Das águas lançou sementes por todos os cantos

Pelas cidades e pelos campos.

Cada árvore, cada fundo de vale por ele percorrido,

Tornou-se conhecido, evidenciado, mapeado.

Tudo se tornou parte de seus sonhos

Que foram se juntando a tanto outros.

Sempre acreditou ser possível tornar o mundo

Um lugar melhor para se viver.

Lançou sementes...

Sementes de cuidado, de respeito,

De inclusão, de participação

De planejamento e de sustentabilidade.

Partes desses sonhos brotaram,

Outros em estado de espera, de prontidão.

Porém seus potenciais continuam em sua essência.

Quantas sementes de utopias lançadas

Em reuniões, em encontros, seminários

Colocando no centro das buscas

A natureza, a cidade e as utopias do amanhã.

Deixou a ciência perplexa com seu conhecimento,

Suas práticas e seus esforços não tinham limites.

Dos vídeos, das lives, dos mapas e imagens lançados

Surpreendia a todos pelo tipo de conhecimento que despertou.

Um autodidata na busca pelo saber.

João irrigou mentes, ensinou, e trouxe para a cena central

A busca de uma cidade imaginária e desejável,

Diante das melhores práticas mundiais.

Aproximou a natureza da urbanização,

O homem em sua condição coletiva.

Construi pontes de nada existente

Ao planejamento possível.

Em busca de formas ideias, de cidades ideais.

Semeou utopias sociais, ambientais e sustentáveis.

Onde pensam as melhores cabeças, as melhores intenções.

Porque acreditava que outro tipo civilizatório

Era possível, desejável, viável e necessário.

Com brilho nos olhos, com astúcia na voz,

Com a alma quente, em diálogos e conflitos

Numa busca constante,

Típicas de um semeador de utopias.

De utopias críticas e possíveis.

  

*Paulo Bassani Sociólogo, Escritor, professor universitário e amigo de João
 

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