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segunda-feira, 24 de novembro de 2025

 EVENTO


  Paulo Bassani


Santo Antônio da Platina, Pr
24/11/2025
https://www.portaltanosite.com/noticia/193080/cop-30-carta-de-belem


COP 30: Carta de Belém

 

Finalizando a COP 30, os países membros participantes cerca de 200 estão elaborando a Carta de Belém. A muitas questões complexas e que serão consideradas de maneira periférica e novamente fugindo das questões centrais.

A primeira diz respeito ao financiamento climático dos países dos I° mundo que mais poluem para as adaptações e as mitigações dos pises que menos poluem, porém mais sofrem com as mudanças climáticas. O valor pleiteado é o mesmo não atendido na COP 29 do Azerbaijão, ou seja, cerca de 1,3 trilhões de dólares.

Outra questão diz respeito a data limite de extinção dos combustíveis fósseis e ao mesmo tempo estabelecer uma transição rápida, justa e democrática desse tipo de energia fundada no petróleo, carvão e gás natural. Para energias renováveis com eólica, solar, biocombustíveis, biometano, hidrogênio verde, entre outras.

Mas há um dado assustador que remete a decisão de países ricos e produtores/exportadores de petróleo. Segundo dados da ONU da plataforma  Worldmeter, consultada pelo autor, nesta semana há somente com as descobertas realizadas até hoje mais de 14 mil dias para o fim do petróleo, mais de 38 anos, 56 mil dias para o fim do gás natural,  resultando em 153 anos, e mais de 147 mil dias para o fim do carvão  ou seja 402 anos. Sob olhar econômico de quem detém essas reservas parecem pouco voltados ao final dessa exploração, colocando em risco a sobrevivência da vida no planeta.

 Porém sabemos e os estudos remetem a esse saber que senão contermos e acabarmos com essa emissão de combustíveis fósseis que hoje representam cerca de 75 % das emissões gerais no planeta, segundo dados do IPCC confirmados pelo INPE, aventa-se que até 2050 teremos um aumento de cerca de 2,0 ° na temperatura da Terra, os dados científicos indicam que até o ano 2100 a temperatura poderá subir até 3,5 graus, e que  até 2050, teremos um aumento de cerca de 2,0 ° na temperatura da Terra.  Se isso se confirmar será trágica a vida humana e outros tipos de vida nesta Casa Comum. Lembrando que os dados que nos chegam através do banco mundial a Indústria Bélica gasta cerca de 2,4 trilhões de U$ (2024) e a Indústria Petrolífera cerca de 4,5 trilhões de U$ (2024).  Com isso queremos dizer que não há falte de dinheiro e nem tão pouco ausência de estudos e pesquisas que comprovam a emergência climática que vivemos. Cabe uma decisão política e ética em termos do que investir para garantir a vida como opção para o caminho da sustentabilidade planetária.

Hoje com 8,2 bilhões de pessoas, somos responsáveis por todos os humanos desse tempo e do tempo futuro. Não podemos pensar em sustentabilidade sem ouvir os povos originários, povos da floresta, os indígenas. Eles em Belém se fizeram presente na Cúpula dos Povos, nas ruas, nas manifestações em redes sociais e nas conversas com muitas lideranças mundiais. Eles sempre foram sustentáveis e habitam áreas que ainda que os biomas estejam conservados. São modelos e devem ser ouvidos.          

Em cada COP estamos pensando e propondo outra/nova relação entre os humanos e a natureza. Temos que insistir, persistir, investir nossos esforços, acreditar em ideias vão moldando novos mapas, novos sonhos, novas utopias. Isso porque como escrevi recentemente em um artigo “A sustentabilidade não faz parte da história oficial, do processo hegemônico, ela sempre esteve com a história oculta, e somente se concretizará  plenamente na história futura”.  Esse será sempre nossa tarefa e desafio  orientados por uma ciência sustentável  edificar um novo padrão civilizatório.     

*Paulo Bassani é cientista social e pesquisador ambiental                         

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