EVENTO
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COP 30: transição energética em cena*
Temos que acelerar a transição energética ética de forma ética, limpa, sustentável mais rápido possível. O mundo moderno foi edificado sob a dependência energética, pelo carvão, pelos combustíveis fósseis, pela energia elétrica, e pela energia nuclear. A transição energética é um dos processos mais decisivos do século XXI. Trata-se da passagem de um modelo baseado em combustíveis fósseis carvão, petróleo e gás natural para um sistema fundado por fontes renováveis. Portanto o que esta em jogo é uma transformação estrutural, econômica e cultural que redefine a forma como a sociedade produz, consome e como estabelece sua dependência energética.
Hoje necessitamos uma nova matriz energética fundada em elementos da natureza que estão abundantes e que através de seu uso pouco ou nada impactam. Estamos falando da energia solar, também conhecida como fotovoltaica, da energia eólica, do bio gás, do aproveitamento do movimento das ondas do mar, dos bio-combustíveis, do hidrogênio verde, entre outras.
Se esta transição energética ocorrer, associado a outros fatores, o Brasil poderá zerar as emissões até 2040 dependendo das atitudes concretas que estão e serão tomadas. Aos ecos cidadão teremos nosso compromisso de mudarmos nossas atitudes no espaço privado e no espaço publico, ambos os comportamentos sustentáveis, poderão acelerar esta transição para um mundo sustentável de forma concreta. Temos que debater, elevar nossa consciência e tomar atitudes concretas para que isso tudo possa se tornar realidade, com prática efetiva em nosso cotidiano.
Em grande escala as energias alternativas vem barateando seus custos e vem sendo introduzido por pessoas e por empresas. Necessitamos acelerar esse processo e a credibilidade de este tipo de energia não irá escassear e tão pouco comprometer os sistemas que dela necessitam. O Brasil, dotado de abundância em patrimônio natural, com inúmeras pesquisas e exemplos nessa corrente energética limpa, ocupa posição estratégica para dar exemplo e liderar esse processo.
A ciência está ai para nos orientar que não bastam paliativos, atitudes concretas de governantes, empresas e indivíduos são necessários. Precisamos de decisão, investimentos, ou seja, mudar a matriz energética e investir em sustentabilidade em todos os segmentos da vida moderna. Conter e acabar com a indústria bélica e os combustíveis fósseis será uma tarefa difícil, porém necessária. Se apenas 1/4 do que é gasto com indústria bélica/guerras/combustíveis fósseis podemos reverter esse processo. Nesta ênfase, a transição energética é uma transição cultural um chamado à humanidade para repensar seu modo de ser e estar no planeta e reinventar a relação entre tecnologia, natureza e sociedade.
Hoje se solicita na COP 30 cerca de 1,3 trilhões de dólares para reverter esse processo impactante sobre à Casa Comum. Entender eticamente que investir em proteção, preservação, recuperação, equilíbrio e melhor para toda a humanidade. A transição energética poderá ganhar novos impulsos se os países maiores poluidores investirem os recursos solicitados, assim poderemos ter significativos avanços no campo energético até abdicarmos totalmente os combustíveis fósseis.
A transição energética emerge como uma necessidade ambiental, mas também como uma oportunidade de uma opção civilizatória de estabelecer um novo começo, uma oportunidade de reorganizar as bases produtivas, sociais, culturais rumo a um modelo de sociedade de baixo carbono, justo, inclusiva e sustentável.
*Paulo Bassani é cientista social e pesquisador ambiental



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