TESTE POP

sábado, 28 de setembro de 2024

Série

Nosso tempo


  Paulo Bassani

Nossa qualificação natural*


Negar ao broto o seu florescer,

Interromper o ciclo da vida animal,

Deixar as fontes de água secar,

Prender os rios em concreto armado,

Roubar a sombra generosa das árvores,

E silenciar o canto e o voo  dos pássaros.

Não nos qualifica como humanos. 


Permitir que o microcosmo sucumba em silêncio,

Desprezar os gritos  da natureza,

Ignorar o olhar profundo dos animais,

Negar a força bela e suave das cachoeiras,

Não perceber a dança das folhas ao vento,

Não apreciar a carícia da brisa que alivia a alma,

Não respeitar a chuva que desperta a terra adormecida .

Não nos qualifica como humanos.


Dispensar a beleza do entardecer,

Desconhecer o mistério do anoitecer,

E esquecer o milagre do amanhecer.

Não nos qualifica como humanos.


Esses sinais transcendem e perpassam nossa vida,

Como uma dança antiga que jamais cessa,

E por cada ato, por cada pulsar,

Há uma profunda gratidão a cultivar.

Imanente gratidão pelo simples, pelo natural,

Por tudo aquilo que, em silêncio,

Nos conecta, nos ata, ramifica e nos qualifica...

 

*Paulo Bassani 


sexta-feira, 27 de setembro de 2024

 

             

           

 Ao Prof. Dr. Paulo Bassani

 CONVITE

             É com imensa alegria que nós, da Comissão Organizadora, convidamos V.Sa. para participar da V Semana de Ingressantes do Programa de Pós-Graduação em Sociologia(UEL).Trata-se de um evento de ensino, pesquisa e extensão, organizado predominantemente por discentes do Programa, cujo principal objetivo é receber e facilitar a integração dos(as) novos(as) estudantes do Programa de Pós-Graduação, além de fomentar a interação entre pós-graduandos e estudantes da graduação em Ciências Sociais. O evento também oferece uma visão de desenvolvimento e continuidade acadêmica por meio do contato entre pesquisadores de diferentes estágios de suas carreiras acadêmicas.

Título: VSEINDO PPGSOC/UEL:A Sociologia do Fim do Mundo em Diálogo com o Amanhã: Meio Ambiente, Inteligência Artificial e Negacionismo

Data:31demarçoa03deabrilde2025(manhã, tarde e noite)

Formato: híbrido (atividades síncronas e assíncronas)

 

                O tema central desta e dição da Semana de Ingressantes será A Sociologia do Fim do Mundo.

As  mesas redondas ocorrerão no período noturno de forma presencial, e serão compostas por  três pesquisadores(as),com mediação de estudantes do Programa de Pós-Graduação em Sociologia:

·         01/04/2025:    Inteligências   Artificiais:    potenciais,    oportunidades   e ameaças

·       02/04/2025: Meio Ambiente: a emergência climática e a sociedade contemporânea

                         ·       03/04/2025: Negacionismos: a ascensão de discursos anticientíficos e pós-verdades

Nesse sentido, e diante do tema proposto pela Semana de Ingressantes, convidamos V. Sa. para compor a mesa redonda: Meio Ambiente: A emergência climática e a sociedade contemporânea, na condição de palestrante. A atividade acontecerá no dia 02/04/2025, das 19h30 às 22h30, de forma presencial, no Centro de Letras e Ciências Humanas.

A exposição de V.Sa. terá um tempo estimado de 40minutos, que poderão ser preenchidos como julgar adequado. Após a fala dos membros da mesa, o(a) mediador(a) terá tempo para fazer questionamentos e/ou considerações, abrindo em seguida para perguntas do público presente. Disponibilizaremos recursos audiovisuais para a projeção de materiais.

Aguardamos, portanto, sua resposta em relação a este convite, e nos colocamos à disposição para quaisquer dúvidas ou encaminhamentos necessários, por meio do telefone(43)999253547ou pelo e-mail:discentesuelppgsoc@gmail.com.

 Atenciosamente,

            Comissão Organizadora da V Semana de Ingressantes do PPGSOC/UEL


                                                                         INESUL

Londrina-Paraná

XVI - Simpósio Internacional

Educação, Gestão e Saúde

Tema central 

"Os desafios do impacto econômico na gestão sustentável" 







 


 "A construção de uma Ciência Sustentável  creio que possa  contribuir para edificar um novo padrão civilizatório. A sustentabilidade  substantiva não faz parte da história oficial, do processo hegemônico, ela sempre esteve com a história oculta, e somente  se concretizará  plenamente na história futura”  

(Paulo Bassani, 2024)




quinta-feira, 26 de setembro de 2024

 FDL - Fórum Desenvolve Londrina

Apresentação do case da Prefeitura de Assaí/PR eleita como uma das 7 cidades mais inteligentes do mundo pelo IFC
Igor Oliveira
Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação
26/09/2024
Paulo Bassani - Membro do FDL









terça-feira, 24 de setembro de 2024



XVI - Simpósio Internacional
Educação, Gestão e Saúde
Tema: “Os Desafios do Impacto Econômico na Gestão Sustentável”

De 23 a 26 de setembro
Londrina- Paraná

A construção de uma ciência sustentável.

          Por:. Paulo Bassani
Data: 26/09/2024
Local: Sala 58 - 19h30
Curso: Curso de Gestão


Sobre o EVENTO

     Entre os dias 23 e 26 de setembro de 2024, acontecerá o XX S’Inesul Nacional; XVI Simpósio Internacional, com o tema: “Os Desafios do Impacto Econômico na Gestão Sustentável”. O evento, realizado anualmente na Instituição, mobiliza toda a comunidade acadêmica do Inesul e comunidade externa. A cada ano, consolida-se como um evento expressivo no âmbito acadêmico. A cada edição, um tema principal norteia os trabalhos e é convidado um conferencista internacional. Nesta 20ª edição o foco principal é a GESTÃO. Apresentamos no evento palestras, fóruns, exposições, exposição de trabalhos científicos, painéis de temas livres e outras atividades pertinentes. As áreas temáticas são: Gestão, Saúde e Educação, com diversos convidados de renome nacional e internacional. O Simpósio será o ponto de encontro para o intercâmbio de informações e troca de experiências entre pessoas dos mais diferentes segmentos. Durante o S’Inesul, teremos a XVI Mostra de Iniciação Científica, de 24 a 26 de setembro. Ao inscrever os trabalhos na mostra, deverão também, se inscrever e participar das palestras do Simpósio Internacional. O evento é aberto para acadêmicos, docentes, profissionais, gestores e a comunidade.

 

Nosso Objetivo

 - Promover o crescimento científico de todos os envolvidos.

 - Realizar um intercâmbio de informações.

 - Integrar os profissionais das diversas áreas com trocas de experiência.


domingo, 22 de setembro de 2024

 Série

Nosso tempo

Paulo Bassani


O sofrimento da biodiversidade*

As imagens das queimadas que nos chegam
Da Mata Atlântica, da Floresta Amazônica, do Cerrado, do Pantanal e da Caatinga,
Imagens tristes do sofrimento da biodiversidade,
Não consigo conter a emoção.

O sofrimento e a morte dos animais,
Os pais ao verem seus filhotes queimarem,
Pássaros, mamíferos, animais rasteiros,
Não há como fugir, não há para onde ir,
Seu habitat totalmente destruído.

Quanta vida, quantas espécies desaparecendo,
Quanto sofrimento!

Na flora, árvores de todos os tamanhos,
Dos pequenos brotos às grandes espécies,
De todas as tonalidades, todos os tons de verde,
E tudo vivo, em tudo havia vida.
Agora, esqueletos de carvão.

As águas das nascentes que secam,
Os rios que não correm mais,
A vida dos animais aquáticos em risco,
E a temperatura aumentando.
Tudo fazia parte de nossa teia de vida,
Tudo nos fornecia vida.

De homo sapiens, nos tornamos demens,
Nos especializamos na destruição, na morte.
Hoje, sinto-me envergonhado por pertencer
A essa espécie autodestrutiva,
Demente e ignorante,
Que aprendeu ainda mais a destruir a biodiversidade
Com a modernidade e suas necessidades
De progresso, de expansão, de desenvolvimento.

Que forma de ser em um mundo em destruição,
Que forma de estar, aceitando ou indiferente
A um planeta em chamas!
Se fossem bancos ou grandes multinacionais,
Tudo fariam para salvar.
Mas trata-se da natureza,
De nossa ignorância, nossa incompreensão.

Resta-nos banhar nossa mente
Com a água pura que ainda resta,
Para nos livrarmos dessa fuligem cerebral,
E quem sabe, sermos novamente sapiens.

*Paulo Bassani

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

 Artigo


                                                    Santo Antônio da Platina 

Paraná - Brasil

18/09/2024

https://www.portaltanosite.com/noticia/144667/movimento-do-pensamento



Movimento do pensamento*


Quando pensamos, ao entrar nesse fluxo de reflexão sobre nós, humanos, ativamos um dos traços mais singulares que nos define enquanto espécie: a inteligência. No entanto, essa inteligência não é um fim em si mesmo, mas o início de uma jornada, de um processo de vida. Podemos dizer uma travessia que nos conecta a uma complexidade de questões existenciais, que vão além de nossa capacidade racional. Tornamo-nos, então, sujeitos de um significado especial, de uma história única, não em comparação com as outras espécies, pois somos diferentes, nem melhores, piores, o que podemos dizer que temos uma mesma origem que demanda da biodiversidade planetária. Por isso somos, estamos e fazemos parte de um processo de integração com toda a teia da vida.

O movimento do pensamento surge da motivação emocional, da capacidade de ver, observar, sentir e reagir ao mundo. É esse sentimento que nos permite mover entre a alegria e a tristeza, o sorriso e o choro, a demência e a sapiens, desenhando um caminho sensível entre o que experimentamos e o que imaginamos.

A imaginação, nesse contexto, não é apenas um jogo brincalhão da mente, mas uma força vital, uma corrente interna e externa que flui em nós e ao nosso redor, alimentando, retroalimentando e moldando a forma como percebemos como captamos o mundo. Ao imaginar, resgatamos memórias, reinterpretamos vivências e construímos novas possibilidades de ser e agir. Imaginar não apenas num início, nem tão pouco de um fim, mas de uma caminhada onde haverá luz e também a escuridão, algumas poucas convicções e muitas dúvidas.

A imaginação, assim, se converte no motor de um processo criativo ininterrupto, ela vicia nosso cérebro a funcionar, quase que permanentemente. Ela, a imaginação, impulsiona o pensamento a prospectar novas formas de ver o mundo, a desconstruir velhas verdades e construir novas. Como dizia o poeta “ser uma metamorfose ambulante” Nesse movimento, criamos algo e, ao criar, transformamos não só o mundo externo, mas também o interno. Alimentados pela leitura, pela reflexão e pela troca de idéias no ritual dialógico, o ato de pensar e imaginar encontra um terreno fértil.

A fala e a escrita, ferramentas dessa construção, são o elo que transforma o imaginado em realidade concreta, em um conhecimento que pode ser compartilhado, debatido, ampliado e aplicado em certas condições mesmo que embrionariamente.

Todo conhecimento gerado nesse processo, ao tocar nossa mente e nosso espírito, provoca uma profunda emoção. Esse estado de comoção, uma vibração interna que se irradia do pensamento para o corpo, permite que a mente humana reaja. É nesse momento que a sensibilidade se eleva, ao mesmo tempo em que estamos mais conectados com o mundo e com nós mesmos, podemos nos distanciar pare ver, observar e entender melhor as manifestações do viver. A emoção, por sua vez, alicerça o saber, fixa o aprendizado, tornando-o uma parte indissociável do modo como experimentamos a realidade.

Esses saberes e aprendizagens vão se entrelaçando, na medida em que a maturidade e capacidade intelectual avançam e, ao longo do tempo, transformam-se em comportamentos, em atitudes que marcam nossa existência.

Formam a essência do nosso ser, moldando a forma como habitamos o mundo, como nos expressamos e interagimos com os outros, em casa e na rua, no privado e no social. Essas atitudes, quando se multiplicam e se unem em um coletivo consciente, oriundas desses construtos criam a possibilidade de gerar um novo mundo. Um mundo não apenas imaginado, mas construído na prática, nas relações, nas escolhas. Um mundo sonhado, sim, mas também desejado e necessário, uma tentativa de trazer à realidade o ideal de um viver que seja finito, mas pleno, limitado, mas sensível, onde o pensar, sentir e viver se relacionam de maneira horizontal. Assim vamos apreendendo os caminhos.

 

*Paulo Bassani é cientista social

 


quarta-feira, 18 de setembro de 2024

 Série 

Nosso tempo




Sentado a beira do riacho* 

 

Sentado a beira do riacho

Contemplativo me  encontro,

Apenas ouvindo o canto dos pássaros,

O cheiro da mata,

E os deslizar suave das águas.

Um território de paz, harmonia, revitalização

Em função da relação direta com a natureza.

Não havia nenhum sinal de humanos

Apenas minha presença e meu espírito.

Não percebi o tempo passar,

Nem tão pouco a ansiedade de qualquer compromisso.

Apenas a presença física, mental e espiritual

Onde tudo se mesclava

Agregando natureza, pensamento e alma

Numa harmonia sem igual,

Naquele lugar, naquele momento.

Apenas observando e deixando-se levar

Pela mente em grau de descanso

Com tranquila e sonolenta forma.

O sol começa a se por,

A tarde finda, o momento parece não ter fim.

Que sensação de harmonia, descanso, paz.

Não percebo nem passado, nem futuro 

Apenas este presente alongado,

Permanente em sua duração sublime

De encontro com o que perdemos

No complexo mundo cotidiano.


*Paulo Bassani


 

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

 Série

Nosso tempo



Era uma vez uma árvore*

 

Tentei sentar-me à sombra de uma árvore

Mas ela não estava lá

Agora havia uma estrada.

Tente sentar-me á sombra de uma árvore

Mas ela não estava lá

A moto serra a derrubou.

Tentei sentar-me à sombra de uma árvore

Mas ela não estava lá

O fogo a devorou.

Tentei sentar-me à sombra de uma árvore

Mas ela não estava lá

O modelo agrícola há destruiu.

Tentei sentar-me à sombra de uma árvore

Mas ela não estava lá

Agora havia uma cidade.


 

Tente sentar-me à sombra de uma árvore

Para respirar um ar puro,

Mas ela lá não estava mais.

Onde estará essa árvore?

Ainda posso encontrá-la?

Não teremos mais sombras?

Não veremos mais as árvores?

Será que todas elas viraram madeira, cinzas.

Que triste viver sem árvores

Num mundo que tanto dependemos delas.

 

*Paulo Bassani


sexta-feira, 13 de setembro de 2024

 Série

Poemas de nosso tempo


     Paulo Bassani



Talvez sejamos humanos*


Talvez não haja muros
Talvez não haja armas
Talvez não haja queimadas
Talvez não haja poluição
Talvez não haja destruição
Talvez não haja exploração
Talvez não haja dominação
Talvez não haja preconceitos
Talvez não haja ganância
Talvez não haja guerras
Talvez não haja fome
Talvez não haja abandono
Talvez não haja poder destrutivo
Talvez não haja estupidez.

De tudo o que vemos, percebemos,
Desta feita, nós, seres humanos,
Talvez possamos ser compreensivos,
Talvez sejamos cooperativos,
Talvez sejamos sensíveis,
Talvez sejamos amorosos,
Talvez sejamos solidários,
Talvez sejamos seres dialógicos,
Talvez sejamos educados e educadores.

Talvez possamos entender
Nossa finitude, nossas limitações,
Que a vida é breve, a vida é aqui,
E que nada levamos.

Talvez pensar numa transformação necessária de tudo
Para que sejamos apenas seres humanos.

 

*Paulo Bassani



quinta-feira, 12 de setembro de 2024

 REUNIÃO DO FÓRUM DESENVOLVE LONDRINA

Quinta-feira, 12 de setembro de 2024
Das 08 às 11 horas - local - Associação Médica de Londrina

PAUTA:
Palestra com o Prefeito de Londrina - Marcelo Belinati













domingo, 8 de setembro de 2024

 Série 

Poemas contemporâneos




Lembranças da infância*

 

Lembro da minha infância, na serra gaúcha.

Das coisas boas que passei,

Do ar puro que se misturava

Ao perfume das árvores com seu verde vibrante,

Dos córregos cristalinos,

Da chuva suave nas calçadas.

O prazer renovador de ir à escola,

Para novas aprendizagens.

As bolinhas de gude,

Minha bicicletinha que mal cabia em mim

E o triciclo, companheiros das aventuras.

E, claro, o carrinho de lomba,

Que desmontava e remontava com a alegria

De quem descobre o mundo na criatividade.

Minha gata malhada, Jaqueline,

 O futebol no campinho,

As espigas de milho dourado,

Os pinhões estalando no fogão.

As melancias doces e as bergamotas perfumadas,

O suco de limão que refrescava as tardes quentes.

Lembro das tentativas de esculpir com o barro,

Daquele primeiro boneco na neve,

Do pôr do sol silencioso visto da praça

Uma pintura que nunca esqueci.

Tudo isso era minha leitura do mundo,

Minha música silenciosa,

Minha arte em formação.

Era a moldura de quem  me tornava,

A contemplação de uma vida simples

Formatando sentidos e formas

Agora, restam apenas lembranças...

 

*Paulo Bassani

 

 


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