Série
Pensar e Reconhecer
XVII
Um olhar para o amanhã*
O texto reflete uma perspectiva sobre o potencial humano. Sugere-se que, independentemente do que pensamos ou fizemos hoje, sempre haverá mais por vir no futuro, tanto em termos de pensamento quanto de ação. Uma abordagem que estimula a busca contínua do conhecimento e dos avanços civilizatórios. No entanto, ao analisar criticamente essa ideia, é importante considerar tanto suas virtudes potencias quanto suas limitações.
Reconhecemos que a
natureza da dinâmica da vida é a possibilidade constante de crescimento, renovação,
reinvenção do que temos e do que somos. Ao permanecer com a mente e olhos
abertos para o futuro, não devemos nos acomodar com as conquistas passadas, com
nosso passado, mas sim continuar a nos esforçar em imaginários que possibilitem
alcançar novos objetivos, novos sonhos, novas utopias.
Há sempre algo mais a
ser feito, mesmo porque vivemos situações inadequadas que nos atormentam, nos insatisfazem,
portanto essa busca constante é a sina de quem pesquisa, de quem tenta
permanentemente decifrar os segredos da vida. De uma forma ou de outra sabemos
que mais adiante há algo reservado, hoje ainda desconhecido que poderá nos
fornecer a justa medida das coisas do nosso viver.
Acreditar que o pensar
e o fazer sempre estarão com uma janela aberta para o amanhã, trata-se da idéia
do renascer a cada momento. É crucial manter a mente aberta e receptiva ao novo,
assim como é essencial reservar tempo para refletir e processar eticamente as
experiências passadas, lapidá-las e verificar a possibilidade delas fazerem
parte do hoje e do amanhã. Sem um equilíbrio saudável entre ação e
contemplação, corremos o risco de nos perder e colocarmos um fim na experiência
civilizatória.
Portanto, enquanto
reconhecemos o potencial da inspiração, a busca contínua por crescimento e
realização, é importante abordar essa perspectiva com cautela, equilíbrio e serenidade. Valorizar os avanços
técnico-científicos que melhoram a qualidade de vida dos seres humanos sem
comprometer a natureza. E a contínua busca de forma prudente, decente,
sustentável para a construção do amanhã.
*Paulo Bassani
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