TESTE POP

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023


Um ambiente saudável:

Direitos Humanos*


 Em 2022 a ONU

Através da Assembleia das Nações Unidas

Criou uma resolução, mesmo que tardiamente,

De que o meio ambiente

Preservado, limpo e saudável,

No ordenamento da sustentabilidade

É um Direito Humano para todos!

É um Direito fundamental para

Garantir a continuidade de habitabilidade

E vida plena neste planeta,

Nesta Casa Comum.

Esse Direito determina que todas

As pessoas possam, a partir de seu exemplo,

Exigir e responsabilizar todos os governantes,

Empresas poluidoras

E criadoras de produtos insustentáveis

Causadores de enormes danos ambientais

Em todos os biomas, rios e mares

Comprometendo a biodiversidade planetária

Em sua forma plena e natural.

Agora as pessoas conscientes, educadas

Terão mais um instrumento legal

Para exigir, reivindicar mudanças estruturais

Nas formas de produzir e ordenar os

Modelos de crescimento e de progresso.

Quem sabe a aurora de novo tempo

Esteja sendo anunciada.

          *Paulo Bassani é Cientista Social, Educador Ambiental e Prof. Universitário


quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

 

Dia Mundial da Educação Ambiental
26/01/2023



            
Nossa condição natural *

 

Será que um dia

Teremos consciência

De que vivemos num planeta pequeno e finito.

Será que um dia compreenderemos que ele

É a “nossa” única casa comum.

Que a Biosfera planetária é uma camada

Muito fina que recobre o planeta e que

Está sendo impactada, destruída,

Com queimadas, desmatamento, desertificação,

Degelo, seca, poluição.

Pela ignorância,

Ganância de produzir, de consumir,

Sem limites, sem escrúpulos,

Pelo não pensar!

Sabendo que não temos outro planeta para viver,

Somente os limites de respeito a esse pequeno astro,

Raro, frágil, limitado,

Podemos... Ainda há tempo...

Pensar e reagir diante deste quadro sombrio.

Estimular outra forma de produzir,

De consumir, de viver, de habitar este planeta.

Onde a natureza é tudo que temos,

É o local onde acontece a vida,

Onde nossa trajetória humana ocorre.

Tudo que desperdiçamos tudo que destruímos,

Tudo que poluímos tudo de matamos,

Ficará na Biosfera terrestre.

Nela nascemos, nela pereceremos.

Podemos ajudar com seres cuidadosos e responsáveis a que ela seja

Sempre uma casa pronta para receber a vida,

Todo tipo de vida,

Inclusive a vida humana.

Sabendo que dela derivamos depois de longa formação,

Onde as condições para a habitabilidade foram preparadas,

Durante milhares de anos, centenas de fenômenos,

Físicos, químicos e biológicos.

Hoje compreendemos isso

E o que estamos fazendo?

Entendendo, mantendo, convivendo, respeitando.

Ou impactando, esgotando, destruindo.

Pois bem temos as duas opções:

Uma nos levará a permanecer a experiência humana,

Nesta pequena poeira cósmica,

Por muito tempo.

Outra nos levará a findar dessa experiência.

A decisão está em nossas mãos!


                 * Paulo Bassani  é Cientista Social, Escritor, Poeta e prof. Universitário


segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

 


Duas condições numa só*

 

Não é apenas uma forma, são duas.

O verde e o maduro.

O maduro precede o verde,

O verde é uma decorrência do maduro.

A transformação é uma apenas.

É o despertar de um estado para outro.

O verde amedronta o maduro,

O maduro é consequência do verde,

Nessa passagem há uma tensão

Deixar um lado e ir para outro,

O verde apreende com o tempo,

Os mistérios desta passagem

Que amadurecer é o caminho,

O maduro reconhece o caminho

Há uma transcendência entre uma e outra

Não somente de cores, de formas,

Mas de novos significados,

O verde não é alimento,

É potencial.

O maduro é, e  nutre-se.

O verde sonha em ficar maduro,

O maduro sonha em voltar a ser verde,

Para não ser devorado.

O verde é o passado

O maduro é o futuro.

Sem este não há aquele,

Sem um não há o outro.

Uma decorrência da força

Transformadora da natureza.

Assim somos nós!


 *Paulo Bassani  poeta, escritor, cientista social

 

 


 


  "Era do Antropoceno: Tempo de Incertezas"

Palestrante: Professor Dr. Paulo Bassani
GEAMA


GEAMA
GRUPO DE ESTUDOS AVAÇADOS SOBRE O MEIO AMBIENTE
desde 2003




 

sábado, 21 de janeiro de 2023

 Entrevista na CNT de Londrina

Programa de Marcelo Militão

Prof. Dr. Paulo Bassani e Alex Gonçalves
Tema: "A nossa relação com a natureza nesta fase da modernidade."
E os resíduos eletro eletrônicos com o trabalho da E-LETRO
Gravação - Irá ao ar neste domingo (12/06/2022)
As 20:00 hs




 



“Diálogos Socioambientais: um pensar imperfeito”

 

Um pequeno texto motivador publicado na Folha de Londrina no dia 09 de setembro de 2017, para os "DIÁLOGOS SOCIOAMBIENTAIS: UM PENSAR IMPERFEITO", Com início no dia 29 de setembro de 2017. Os três encontros seguintes ocorrem nos dias 20 de outubro, 10 de novembro e 08 de dezembro. 

Pensar é um ato de reflexão, reflexão do próprio pensar, para tanto um esforço do pensar faz-se necessário. Vivemos um tempo de cegueira, surdez, e insensibilidade. Sabemos, pelo estudo, onde isso tudo, que está em curso, vai nos levar e nada vemos nada ouvimos e nada nos sensibilizamos para pensar, para mudar e buscar outro rumo. Isso implica abrir um diálogo observando com cuidado às origens, os conhecimentos, os saberes, as decisões e os caminhos a serem tomados em função da preservação da vida humana e da vida planetária.

Além do mais sabemos que a ciência, o tipo de conhecimento, a forma como conhecemos até então, não podem nos tirar desse atoleiro que nos metemos nesta alta modernidade. O que se apresenta é um desafio de ordem teórico-metodológica, que seja inteligível o suficiente para daí construirmos uma nova ordem política, que possibilite o exercício da condição humana em sua plenitude.

 

Venham participar na UEL - CCH ! As inscrições estarão abertas nesta semana.

 

Informações: 43 - 3371 5545 - bassani@uel.br

 

 

 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

 

Palestra de Abertura do II semestre 2021 - FANORPI
Santo Antônio da Platina - Cursos de Graduação
05/08/2021
Tema: "Busca da Inovação Sustentável"

 


 




Ensaio de formas possíveis*


           Vivemos tempos de incertezas, de angustias, tempos de tensão, tempos de descrença. Isto gera para nossa condição humana um tempo possível de pensar novas possibilidades. Um tempo de pensar novas ideias, problematizar o passado e o presente, e lançar bases de futuro. Trata-se de rever profundamente nossa maneira de pensar e habitar o mundo.  Nessa dimensão, no tempo que escrevo , torna-se um tempo possível de pensar novas formas de sociabilidade, convivialidade, de produção, de consumo.

Hoje, também, é um tempo possível de pensar novas formas na esfera política, portanto um tempo de pensar formas de re-construir, ampliar a democracia, um tempo para pensar as diversidades existentes de nosso povo de nossa gente. E há tantas diferenças, econômicas, sociais, étnicas, culturais, religiosas. Nesse sentido é um tempo possível de ampliação dialógica em todas as esferas entender e ouvir melhor a  natureza humana que pede passagem para um novo tempo pós-pandemia. O longo inverno social está para findar e a primavera irá chegar.

Há uma degradação da economia e da política, determinada por um tipo de produção, mercado e consumo, abalado em todas as dimensões. Há evidencias que a democracia é, sobretudo, de mercado, onde anula o cidadão e estabelece a figura do consumidor. Um tempo que vigora formas de desencantamento da democracia pelas ameaças que nos cercam.

Necessitamos pensar, dialogar, planejar, sonhar e mudar as coisas. E elas não mudam facilmente, há muito que pensar muito que fazer. Algumas mudanças ocorrem, as transformações são mais demoradas, mais laboriosas e exigem um esforço muito maior. 

Não podemos cair numa esteira de desencantamento, de escuridão de distopia. Devemos nos deixar levar pela reconstrução de possibilidades, alternativas, formas possíveis, emergentes e necessárias para cruzarmos as próximas décadas. Teremos que permanentemente tentar outras e novas formas, comum num exercício do pensar permanente da análise. Porém nem tão comum quando se trata de um cotidiano endurecido por formas de sobrevivência que bate a sua porta.

Mas as utopias não morem, elas são “verdades prematuras” como dizia o pensador espanhol Alfonse de La Martine, elas nos fazem caminhar, ir um passo mais adiante e, nesta caminhada, verificar os elementos que permitem outras formas de combinação, e porque não as que ainda não existem e sequer foram testadas.  Não podemos assistir sempre aos mesmos filmes, depois de um tempo eles se apagam e há necessidade de escrevermos novos roteiros cinematográficos para nossas vidas. Roteiros construímos a muitas cabeças pensantes, com as experiências colhidas ao longo da trajetória de vida. Vida vivida, vida experimentada e que clama por dias melhores.

 

*Paulo Bassani é Cientista Social, Escritor e Professor universitário

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

 


Problemas e soluções a vista*

 

Estamos no percurso sem rumo de um apocalipse anunciado. Os dados, as informações e análises que nos chegam indicam estarmos cada vez mais próximos desse apocalipse que imaginávamos não chegar tão cedo. Porém, por outro lado, também conhecemos uma corrente de pessoas, de idéias e de proposições que caminham para uma nova gênese humana na Terra. Riscos globais é a leitura do Fórum Mundial Econômico que ocorre em Davos 2023 em sua 53° edição, irá debater os seguintes temas:

1.     Crise no custo de vida; 

2.     Desastres naturais e eventos climáticos extremos;

3.     Confronto geoeconômico;

4.     Falha em mitigar as mudanças climáticas;

5.     Erosão da coesão social e polarização;

6.     Danos ambientais em grande escala;

7.     Fracasso na adaptação das mudanças climáticas;

8.     Crime cibernético generalizado e insegurança cibernética;

9.     Crises de recursos naturais;

10.  Migração involuntária em grande escala.

As cartas estão na mesa! Qual mesa?  A da história humana neste planeta. Há correntes e contracorrentes nesse debate. Somente nós, seres humanos, poderemos acelerar esta chegada do apocalipse ou determinarmos uma nova gênese pela frente.

Necessitamos curar a cegueira que nos impede de ver, entender a atuar em função desse conhecimento e desse entendimento. Durante os dois anos de pandemia do corona vírus (Covid-19) pelo isolamento, pelo tempo de leitura e reflexão pude organizar melhor minhas idéias,  entendendo e decifrando nosso tempo e as inúmeras contribuições de cientistas e intelectuais pelo mundo afora. Sempre voltado à busca de princípios e valores que possibilitem os humanos a viver bem, em paz, com preservação da biodiversidade e com alto teor de entendimento da diversidade cultural existente.

 Como afirma, ao se referir as ideias em curso, Edgar Morin “a simplicidade é a barbárie do pensamento. E a complexidade é a civilização das ideais” E hoje temos esse conjunto enorme de teorias, de metodologias, de pensamentos, de ideias que nos explicam e que ao mesmo tempo nos confunde. Cabe-nos entender o processo amplo da vida que esta em jogo, e, percebermos, a importância de nos educarmos para uma nova cultura. Sim, isso exige uma educação para princípios, valores, hábitos, costumes que pouco desenvolvemos. Podemos chamar essa educação de uma cultura sustentável, equilibrada, coerente com os melhores valores da vida, atitudes e comportamentos.  

O espírito de nosso tempo, já observado, analisado, interpretado por muitos cientistas e intelectuais do campo crítico, observam que estamos dominados pelas tecnologias, pelo mercado e por um mundo globalizado pelo capital. E mais do que nunca hoje, sabemos que tudo se relaciona, e que não há uma única maneira de viver, pois há uma diversidade planetária, um caldo cultural que devemos olhar com maior atenção para compreender que não é possível estabelecer uma forma universal e sim compartilhando, aceitando, respeitando as formas multiculturais existentes. Daí emerge a necessidade de pensarmos numa outra globalização que respeite que preserve e que dialogue com toda essa imensa rede, tecido de vida existente.

Há forças temerosas que ameaçam a humanidade. Uma espécie alucinógena que domina um conjunto de pessoas com ideias e praticas destrutivas.  Mas há também forças e iniciativas inspiradoras e que nos motiva a ver um horizonte longínquo e com muita vida de qualidade. Talvez um afastamento mental desta insensatez pela materialidade alienante que nos condiciona, seja um bom inicio desta nova caminhada. Seguir outras trilhas pouco percorridas, enfrentar, descobrir os potenciais da vida. Entender melhor porque somos o que somos, pois se entende que há outras possibilidades de ser e estar no mundo que ainda não foram nem se quer pensadas e tão pouco exercitadas.

*Paulo Bassani é Cientista Social,  escritor e prof. universitário

Publicado no Site: "tanosite" - Santo Antônio da Platina, 17/01/2023


terça-feira, 17 de janeiro de 2023

 




       Qual a lição da COP 27 do Egito de 2022?*  IX 

 

Há um fracasso no chamado “mercados de carbono” instituídos desde o protocolo de Kyoto. Preservar matas, florestas numa região e, continuar a destruir poluir contaminar noutra, estabelecendo apenas uma forma de compensação, isto parece ser algo contraditório em nosso tempo, com medidas “indiretas”, “incentivadoras”, que alimentam a lógica deste modelo de mercado, para algumas regiões em detrimento de outras. Todos, com zelo, cuidado, humanidade, devem preservar. Não compete a nenhum país o privilégio de manter seu estilo de vida enquanto outros devem manter seu acervo natural para garantir essa condição de quem mais polui e degrada. O que sabemos e devemos fazer diz respeito à necessidade e importância de melhorar suas matrizes energéticas limpas, incluindo energias de baixa emissão e renováveis. Isso fica cada vez mais claro a importância de melhorar suas matrizes energéticas limpas investindo em ciência e tecnologias alternativas. Isso implica numa transição rápida e eficiente de substituição dos combustíveis fósseis.

*Paulo Bassani é cientista social, pesquisador, escritor e prof. universitário

domingo, 15 de janeiro de 2023

 




Remar é preciso*

 

Com quantas águas se faz um João!

Não um João qualquer, um João das Águas.

Que conhecia todas as águas,

Doces e salgadas,

Límpidas e contaminadas.

Águas de rios,

Águas de lagos,

Águas de mares.

Remando percorreu corredeiras,

Percorreu córregos,

Até então desconhecidos.

Percorreu pelas águas

Denunciando a contaminação

Pela estupidez humana,

Lixo e todo tipo de poluição

Visível e invisível.

E chorava com suas lágrimas

Como querendo despoluir

Para que voltassem ao seu estado de origem.

Quantas águas percorridas

Com barcos, canoas, caiaques

E com seu barco fruto de sua criatividade.

Quantas noites, quantos serenos

E quantas luas e estrelas entre

As remadas e os sonhos.

Hoje não há mais João por essas águas,

Foi remar em outras águas.

Criar outros barcos, crie dezenas deles,

Pois necessitamos de novas embarcações para

Navegar por águas desconhecidas,

E como são desconhecidas as águas que percorremos

E esperamos que você, como sempre,

Aponte-nos os caminhos, as trilhas.

Em direção as origens,

Das águas e de nossas vidas.

Navegue rumo ao infinito,

Pela massa escura, pelo éter

Desviando de cometas e asteróides

Sabemos que cruzará tranqüilo pelas nebulosas

Com sua habilidade de remar.

Entre galáxias, estrelas e planetas,

Quantas águas para conhecer,

Para preservar, para navegar.

Ao teu lado rema

A mão divina te orientando

Que o criador te receba para novos desafios

O de remar rumo ao infinito do universo.

 

*Paulo Bassani Sociólogo, Escritor e amigo de João.

Minha homenagem a João  das Águas!

 


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