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domingo, 15 de janeiro de 2023

 




Remar é preciso*

 

Com quantas águas se faz um João!

Não um João qualquer, um João das Águas.

Que conhecia todas as águas,

Doces e salgadas,

Límpidas e contaminadas.

Águas de rios,

Águas de lagos,

Águas de mares.

Remando percorreu corredeiras,

Percorreu córregos,

Até então desconhecidos.

Percorreu pelas águas

Denunciando a contaminação

Pela estupidez humana,

Lixo e todo tipo de poluição

Visível e invisível.

E chorava com suas lágrimas

Como querendo despoluir

Para que voltassem ao seu estado de origem.

Quantas águas percorridas

Com barcos, canoas, caiaques

E com seu barco fruto de sua criatividade.

Quantas noites, quantos serenos

E quantas luas e estrelas entre

As remadas e os sonhos.

Hoje não há mais João por essas águas,

Foi remar em outras águas.

Criar outros barcos, crie dezenas deles,

Pois necessitamos de novas embarcações para

Navegar por águas desconhecidas,

E como são desconhecidas as águas que percorremos

E esperamos que você, como sempre,

Aponte-nos os caminhos, as trilhas.

Em direção as origens,

Das águas e de nossas vidas.

Navegue rumo ao infinito,

Pela massa escura, pelo éter

Desviando de cometas e asteróides

Sabemos que cruzará tranqüilo pelas nebulosas

Com sua habilidade de remar.

Entre galáxias, estrelas e planetas,

Quantas águas para conhecer,

Para preservar, para navegar.

Ao teu lado rema

A mão divina te orientando

Que o criador te receba para novos desafios

O de remar rumo ao infinito do universo.

 

*Paulo Bassani Sociólogo, Escritor e amigo de João.

Minha homenagem a João  das Águas!

 


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