EVENTO
TESTE POP
sexta-feira, 29 de agosto de 2025
terça-feira, 26 de agosto de 2025
EVENTO
domingo, 24 de agosto de 2025
Talvez seja o momento*
Rever,
desconstruir
Refazer,
reconstruir.
Um
mundo que está agonizando
Um
mundo em crise civilizacional.
Para
tanto nesse caminho implica uma nova razão
Uma
redescoberta do propósito humano
Que
seja sensível, cordial, amoroso,
Para
com a humanidade, para com a natureza.
O
tempo é de emergência de atitudes concretas
Não
há duvidas científicas, há estupidez interpretativas.
As
condições da reprodução da vida
Encontra-se
em estagio de deteriorização.
Nossa
origem, nossa característica, nossa força
Não
podem ser subestimadas, nem tão pouco esquecidas.
Agora
é para valer, transformação profunda
Para
começar a identificar o ressurgimento
Dos
brotos que emergem uma nova forma de vida.
Com
suas formas que tenham capacidade de tocar
As ramificações do interior e das ações
humanas.
Mesmo
que alguns não queiram
Esta
será uma forma necessária, urgente
Para
a continuidade da vida neste planeta.
*Paulo Bassani
EVENTO
quinta-feira, 21 de agosto de 2025
Artigo
As big tecs e a criação de comportamentos*
Vivemos tempos de controle de
nossos desejos de nossas emoções, de nossas motivações e de nossa vida. O
domínio cultural passa ser o elemento central das formas autoritárias de
controle da população, que avançam num ritmo gigantesco. O sistema hegemônico que vivemos não necessita de
prisão, chicotes, como era com os escravos. Onde havia uma sujeição na forma de
ser, e estar pelo poder, pela violência física.
Hoje há uma espécie de código moral
que determina comportamentos que se parecem com a liberdade, com o livre
arbítrio, mas de fato não se trata disso. Há uma falsa liberdade, pois ela é
condicionada dentro de limites muitos bem estabelecidos. Há uma identificação
acelerada pelas redes sociais em que os códigos comportamentais são forma de
princípios e valores que estão presos a uma bolha de maneiras na qual nelas se
parecem com seus desejos.
O
neoliberalismo que comanda a economia, entendeu que o modo mais eficaz de governar é convencer os indivíduos de que
ele está fazendo escolhas livres, utilizando seu “livre arbítrio” quando na
verdade está seguindo imperativos silenciosos, disfarçados de autonomia, isso sem definir numa constituição, ou em qualquer regra escrita. No
cotidiano os indivíduos aparecem como atores que organizam sua rotina, sua vida, suas metas,
seus afetos, assim como organizam seu tempo, atuando incisivamente nas adaptações, no
aprimoramento e nas cobranças.
As linguagens de comando foram
substituídas por uma forma de autogerenciamento, que atuam no fundo do inconsciente, agindo sobre a
consciência cotidiano que determina condicionantes como: você pode, você consegue, você se basta, siga em frente, não olhe para trás que você chegará lá, alcançará seu objetivos
e atingirá suas metas. A sujeição, desta forma, ganhou a roupagem de liberdade
e o controle passou a ser de dentro para fora.
Isso tudo tem um carro chefe do
sistema orientado pelas big tecs, grandes corporações de tecnologia e
informação, que impulsionam o liberalismo, nesta fase da modernidade, onde se
adapta a modelos democráticos de baixo teor, no qual não necessitam de
forças, físicas, como no tempo da escravidão. Eles operam silenciosamente no campo dos desejos. Transitam em todas as dimensões objetivas e
subjetivas, oferecendo a todos uma aparente liberdade, que para
o sistema é mesmo que livre arbítrio. Nessa lógica os indivíduos procuram fazer o seu melhor, com seu empenho
e dedicação e, quando não conseguem, quase sempre, culpa-se a si próprio, por
não ter se envolvido como deveria, culpa sua fraqueza e baixa dedicação para
obter tal fim. Nesse sentido “a liberdade virou um espelho que cobra e não uma
porta que abre” que cria de fato possibilidades. Frisa-se que estamos vivendo um tempo e falando de uma lógica que molda nossos desejos, nossas vontades, nossas
emoções, e todas as relações sociais, políticas e culturais de nossa
existência.
Quanto a nós que trabalhamos com pensar crítico, reflexivo, imaginávamos, nesse contexto, que nos diálogos com indivíduos inseridos nessa lógica de controle pudéssemos, com argumentos lógicos mudar a forma como as pessoas defendem suas idéias, suas convicções. Apresentamos argumentos, fatos, dados, estatísticas, situações de forma clara baseados em pesquisa, filosofia e na ciência, porém não obtivemos sucesso. Com essa força interpretativa acreditávamos que as pessoa iriam ouvir e entender algo próximo do que seja a realidade. Mas isso não basta, pois a visão, a cosmo visão do outro não permite um dialogo civilizacional mínimo. Acreditam apenas nas informações e argumentos que confirmam suas crenças. Podem até te ouvir, porém jamais aceitarão seus argumentos, pois acreditam cegamente em suas idéias, abrem o modo defensivo, rebatem, apresentam elementos que não fazem o menor sentido. Cria-se um discurso que ignora a complexidade social, econômica e cultural. Ao invés de tornarem-se livres são adaptáveis a esse novo tempo. E o pensar crítico acaba sendo uma forma de resistência, de questionamento a ordem adaptativa que a muitos consome, atinge e determina, porém inoperante, se isola.
Ao que tudo indica, esse modo defensivo, passa por uma deformação mental criada pelo sistema informacional que incute
“verdades absolutas” sem argumentos científicos e tão pouco próximos a realidade. Desta forma não há como os argumentos
construídos de forma crítica ocupar o espaço de falas rasas, falsas, frágeis e
preconceituosas. Como afirmava Carl Segan “Não é possível convencer um
fanático de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências:
baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar." Esse corpo interpretativo, imerso na sociedade, estabelece a
composição de um mundo cheio de achismos, visões distorcidas, falsas leituras que cegam e colocam delimitados argumentos que são
complexos numa cesta da simplicidade.
Isso a neurociência tem nos orientado ser essa, tentativa uma possibilidade real. Ou seja a capacidade do cérebro de qualquer pessoa mudar por argumentos sólidos e por uma pratica consequente. Porém a pessoa deve estar aberta e esse, vamos assim chamar “modo conhecer”, sem pré-conceitos. Pois entende-se que reduzir realidades complexas, a situações simples e de fácil entendimento, é muito perigoso, pois aí reside a ignorância, ou o domínio do não conhecimento de fatos construtores de realidades.
Cabe persistirmos com argumentações
sólidas, bem elaboradas, a partir do que se conhece até o momento e o que
poderá vir ser descoberto no amanhã. Como afirmava Albert Einstein “Tudo aquilo
que o homem ignora, não existe para ele. Porque o universo de cada um se resume
ao tamanho de seu saber”. Talvez nessa insistência, tolerância e persistência
possamos demonstrar que os argumentos fundados em princípios filosóficos e
científico, podem ter um espaço de reconhecimento tão necessário para
esclarecer nosso mundo e nossa vivencia complexa. Resta resistir, não ceder a esse comportamento, que facilita o modo de viver, na medida que cede cegamente a uma lógica que está fora de nossas determinações.
*Paulo Bassani é cientista social
quinta-feira, 14 de agosto de 2025
quarta-feira, 13 de agosto de 2025
domingo, 10 de agosto de 2025
Homenagem
DIA DOS PAIS
Pai Egydio*
Escreveu seu livro em quase um século
Um livro de muitas experiências,
Muitas aprendizagens e muitos
ensinamentos.
Nos deixou até hoje um legado pois
acreditamos
Que cruzará os cem anos, um
centenário de vida.
Hoje apesar de todas as dificuldades
da idade
Continua a nos dar exemplo
Motivação para viver.
Hoje somos nós pais que
Tentamos escrever o livro da vida
Quantas aprendizagens, desafios
Sempre inspiradas em nosso pai Egydio
Em minhas dificuldades como pai
Sempre busco inspiração nele
Que foi grande em tudo.
Um amor com sua família
Com os amigos e com o mundo.
Fez nos acreditar que a vida é uma aventura.
A aventura do viver em sua beleza
Na sua crença em Deus
E no seu amor a todos.
Muito grato por existir
Meu querido pai.
*Paulo Bassani
sexta-feira, 8 de agosto de 2025
ARTIGO
Santo Antônio da Platina, Paraná
08/08/2025
Cientista social e as
preocupações civilizatórias*
Além
de um trabalho acadêmico, com ensino, pesquisa e extensão, estamos presentes
nas grandes discussões e nos rumos desta alta modernidade. Os cientistas
sociais em sua formação de sociólogos, antropólogos e cientistas políticos,
hoje exercem um papel fundamental numa sociedade complexa e repleta de
contradições e de potenciais.
Nossa
formação e experiência teórico-metodológica nos possibilita trabalhar na
construção de sociedades sustentáveis. Pensar, planejar para agregar elementos,
construtos necessários para que a vida humana possa ser plena, respeitosa, pelas
suas ações de respeito mutuo com sua espécie e com os demais seres que compõem
a biodiversidade planetária.
Nós
aprendemos na academia e depois pela pesquisa, estudos e praticas a analisar
contextos, entender legislações, dialogar com comunidades urbanas e rurais,
desenvolver argumentação e articular diferentes conhecimentos. Sempre com a
perspectiva de estabelecer diálogos de saberes que possam agregar qualidade de
vida, os direitos humanos, os direitos sociais e os direitos ambientais. Essas
habilidades são fundamentais em áreas como o planejamento, licenciamento
ambiental, gestão de projetos e a formulação e acompanhamento de políticas
públicas.
Há
muitos anos se discute se o intelectual, o cientista deve se colocar na
vanguarda ou na retaguarda dos movimentos sociais, com suas explicações e
contribuições para desvelar com profundidade os processos em curso. Chego a uma
conclusão, de que devemos estar juntos a população, em seus movimentos de
articulação, organização para apreender e ensinar, para ouvir e orientar. Isso
porque os passos em conjunto, pensados e definidos de maneira horizontal, parecem
ser de grande importância num tempo de alta complexidade com que os fenômenos
determinantes da vida se colocam.
Hoje,
temos um cenário, onde os desafios ambientais, sociais, econômicos e culturais,
se colocam diante da emergência climática e da crise civilizacional, e, todos estão
cada vez mais conectados, por isso esse olhar esse olhar crítico e humano faz
toda a diferença. Nessa dimensão, torna-se importante participar na produção de conteúdo
para mídias digitais no qual grande parte da população por ela recebe
informações e formação. Trabalhar como cientista social nos proporciona colocar na mesa dos debates, diálogos
e formulações uma perspectiva interdisciplinar, multidisciplinar e transversal,
que une e integra análises diversas em áreas correlatas que compõem a
diversidade como sociedade se organiza os comportamentos, políticos, culturais
e religiosos.
Como
cientista social, buscamos oportunidades que valorizem essas perspectivas.
Queremos e devemos contribuir para processos mais transparentes, diversos e
comprometidos com modelos sustentáveis. Por isso que o cientista social deve
colocar-se junto com outros profissionais das mais diferentes formações e do
senso comum, estabelecendo diálogos, ouvir e argumentar, desenvolver uma
capacidade de clarividência acerca dos fenômenos que se criam e recriam na
sociedade.
Uma
questão sempre presente trata-se de integrar a dimensão social aos projetos
ambientais, educação ambiental e às políticas públicas decorrentes, nos
conectando e trocando saberes e experiências. Construir saberes a
partir da leitura, observação, análise e diálogos com diversos segmentos da
sociedade. Nos trabalhos de ESG nas
empresas, nas assessorias para as cooperativas, nos sindicatos, associações de
moradores, nas ONGs, nos órgãos públicos de pesquisa, junto às prefeituras
municipais.
Juntos
podemos fortalecer espaços de atuação para profissionais que unem análise
crítica, diálogo e compromisso social. Interpretar e explicar a complexidade
social com rigor metodológico e sensibilidade ética sempre será uma sina de
quem trabalha com as ciências sociais. Com diagnósticos participativos, análise
de impactos sociais, planejamento estratégico para empresas ou governos dos
mais diferentes níveis. Procurando sempre melhor
as práticas sustentáveis na linha dos ODS da ONU.
Esse
olhar e atuar crítico torna-se imprescindível para encontrar caminhos, trilhas,
sinais que nos permitem alcançar, diante do processo civilizatório em curso,
modelos que sejam empáticos, resilientes, democráticos. Esse
comprometimento com as causas dos seres humanos e da natureza em sua relação de
dependência, de zelo, e dos cuidados necessários, são fundamentais para
atingirmos a estágios emancipatórios e de alto teor democrático. Esses são
alguns dos desafios de quem trabalha com as ciências humanas num mundo onde a
técnica e o pragmatismo tentam determinar sua forma.
*Paulo Bassani é
cientista social
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