RECORDAÇÕES
Sob a pontoe do Rio Vicente Rosa ao lado do Moinho dos Melatti
Isso em Fagundes Varela - RS no final dos anos de 1960
Homenagem
DIA DOS PAIS
Pai Egydio*
Escreveu seu livro em quase um século
Um livro de muitas experiências,
Muitas aprendizagens e muitos
ensinamentos.
Nos deixou até hoje um legado pois
acreditamos
Que cruzará os cem anos, um
centenário de vida.
Hoje apesar de todas as dificuldades
da idade
Continua a nos dar exemplo
Motivação para viver.
Hoje somos nós pais que
Tentamos escrever o livro da vida
Quantas aprendizagens, desafios
Sempre inspiradas em nosso pai Egydio
Em minhas dificuldades como pai
Sempre busco inspiração nele
Que foi grande em tudo.
Um amor com sua família
Com os amigos e com o mundo.
Fez nos acreditar que a vida é uma aventura.
A aventura do viver em sua beleza
Na sua crença em Deus
E no seu amor a todos.
Muito grato por existir
Meu querido pai.
*Paulo Bassani
ARTIGO
Santo Antônio da Platina, Paraná
08/08/2025
Cientista social e as
preocupações civilizatórias*
Além
de um trabalho acadêmico, com ensino, pesquisa e extensão, estamos presentes
nas grandes discussões e nos rumos desta alta modernidade. Os cientistas
sociais em sua formação de sociólogos, antropólogos e cientistas políticos,
hoje exercem um papel fundamental numa sociedade complexa e repleta de
contradições e de potenciais.
Nossa
formação e experiência teórico-metodológica nos possibilita trabalhar na
construção de sociedades sustentáveis. Pensar, planejar para agregar elementos,
construtos necessários para que a vida humana possa ser plena, respeitosa, pelas
suas ações de respeito mutuo com sua espécie e com os demais seres que compõem
a biodiversidade planetária.
Nós
aprendemos na academia e depois pela pesquisa, estudos e praticas a analisar
contextos, entender legislações, dialogar com comunidades urbanas e rurais,
desenvolver argumentação e articular diferentes conhecimentos. Sempre com a
perspectiva de estabelecer diálogos de saberes que possam agregar qualidade de
vida, os direitos humanos, os direitos sociais e os direitos ambientais. Essas
habilidades são fundamentais em áreas como o planejamento, licenciamento
ambiental, gestão de projetos e a formulação e acompanhamento de políticas
públicas.
Há
muitos anos se discute se o intelectual, o cientista deve se colocar na
vanguarda ou na retaguarda dos movimentos sociais, com suas explicações e
contribuições para desvelar com profundidade os processos em curso. Chego a uma
conclusão, de que devemos estar juntos a população, em seus movimentos de
articulação, organização para apreender e ensinar, para ouvir e orientar. Isso
porque os passos em conjunto, pensados e definidos de maneira horizontal, parecem
ser de grande importância num tempo de alta complexidade com que os fenômenos
determinantes da vida se colocam.
Hoje,
temos um cenário, onde os desafios ambientais, sociais, econômicos e culturais,
se colocam diante da emergência climática e da crise civilizacional, e, todos estão
cada vez mais conectados, por isso esse olhar esse olhar crítico e humano faz
toda a diferença. Nessa dimensão, torna-se importante participar na produção de conteúdo
para mídias digitais no qual grande parte da população por ela recebe
informações e formação. Trabalhar como cientista social nos proporciona colocar na mesa dos debates, diálogos
e formulações uma perspectiva interdisciplinar, multidisciplinar e transversal,
que une e integra análises diversas em áreas correlatas que compõem a
diversidade como sociedade se organiza os comportamentos, políticos, culturais
e religiosos.
Como
cientista social, buscamos oportunidades que valorizem essas perspectivas.
Queremos e devemos contribuir para processos mais transparentes, diversos e
comprometidos com modelos sustentáveis. Por isso que o cientista social deve
colocar-se junto com outros profissionais das mais diferentes formações e do
senso comum, estabelecendo diálogos, ouvir e argumentar, desenvolver uma
capacidade de clarividência acerca dos fenômenos que se criam e recriam na
sociedade.
Uma
questão sempre presente trata-se de integrar a dimensão social aos projetos
ambientais, educação ambiental e às políticas públicas decorrentes, nos
conectando e trocando saberes e experiências. Construir saberes a
partir da leitura, observação, análise e diálogos com diversos segmentos da
sociedade. Nos trabalhos de ESG nas
empresas, nas assessorias para as cooperativas, nos sindicatos, associações de
moradores, nas ONGs, nos órgãos públicos de pesquisa, junto às prefeituras
municipais.
Juntos
podemos fortalecer espaços de atuação para profissionais que unem análise
crítica, diálogo e compromisso social. Interpretar e explicar a complexidade
social com rigor metodológico e sensibilidade ética sempre será uma sina de
quem trabalha com as ciências sociais. Com diagnósticos participativos, análise
de impactos sociais, planejamento estratégico para empresas ou governos dos
mais diferentes níveis. Procurando sempre melhor
as práticas sustentáveis na linha dos ODS da ONU.
Esse
olhar e atuar crítico torna-se imprescindível para encontrar caminhos, trilhas,
sinais que nos permitem alcançar, diante do processo civilizatório em curso,
modelos que sejam empáticos, resilientes, democráticos. Esse
comprometimento com as causas dos seres humanos e da natureza em sua relação de
dependência, de zelo, e dos cuidados necessários, são fundamentais para
atingirmos a estágios emancipatórios e de alto teor democrático. Esses são
alguns dos desafios de quem trabalha com as ciências humanas num mundo onde a
técnica e o pragmatismo tentam determinar sua forma.
*Paulo Bassani é
cientista social
RECORDAÇÕES Ai bem no cantinho meu pai José Egydio e eu pés descalços calça longa Sob a po...