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segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

 Série

Poemas Contemporâneos


                                                                 Paulo Bassani


As vertentes que carreguei*

 

Calo-me ante a insensatez

Meu silêncio é meu ato de rebeldia

É minha resposta a tamanha ausência de lucidez

Da cruel indiferença diante da vida.

 

Calo-me diante das guerras

Das pessoas, lugares e natureza destruídos,

Dos homens, mulheres e crianças

Que se apagam nas chamas de explosivos.

 

Meu silêncio me angustia 

Assistindo sucumbir inocentes pessoas

E a disputa pelo poder sem limites

Propagando armas, violência e morte. 

 


Mesmo na escuridão caminho

São passos lentos, não há como parar

Neles minhas lágrimas extravasam

Pelo choro incontido.

 

A incerteza me acompanha

Minhas dúvidas me alucinam

Meu olhar incerto nublado

Numa tempestade alucinante.

 

Ao conter tais impulsos 

Que neste tempo sombrio acompanhei 

As alegrias que estavam na memória

Agora distantes estão.

 

Plantei pelo caminho esperanças

De uma visão cordial de mundo

Onde um coração sensível despertou

Minha condição existencial.

 

Diante dos caminhos percorridos

Há talvez algum que possa despercebido

Ter passado sem entender seu sentido,

Significado pois me encontrava distraído.


Assim os números não completei

Com teorias me empolguei 

Com a vida carreguei

As vertentes que acreditei. 

 

              *Paulo  Bassani


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