TESTE POP

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

TEMAS QUE AGREGAM
Trilogia
Com Paulo Bassani
canal do You tube

I- Diálogos de mundo: debatendo a modernidade




II- Da finitude humana a outras buscas



III- Uma tribo de seres sensíveis: A recuperação do humano




 

 EVENTO

Fórum Desenvolve Londrina

Fala e apresentação dos sete candidatos a Prefeitura de Londrina (2025-2028)


                           

    Candidatos com os Membros do FDL


Londrina 29/08/2024

Associação Médica de Londrina

Londrina - Paraná




terça-feira, 27 de agosto de 2024

Série

Poemas Contemporâneos

                                     Paulo Bassani   



O necessário aguardo*


Há momentos em que falamos,
E outros em que escrevemos,
Há vezes em que fazemos ambas.
Mas agora, escolho um tempo.

Para ler, ouvir, refletir,
E, em silêncio, encontrar a lucidez,
Para não sucumbir.

Neste silêncio contemplativo,
Observo, analiso.
Preparo, assim, a mente,
Para que, quando a fala e a escrita retornarem,
Elas carreguem consigo
A profundidade e o sentido
Tão necessários ao nosso tempo.


*Paulo Bassani

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

 Série

Poemas Contemporâneos

                                                                     Paulo Bassani




O tempo e as marcas*

 

Passou ontem, hoje

E o amanhã passará

Tudo tão rápido,

Tão efêmero.

Não consigo reter

Nem sequer as horas

Que dirá os dias.


Passado, presente, futuro

Acontece tudo em poucos instantes

Em minha mente perpassam,

Impactam e transformam meu corpo,

Com alguns traços característicos 

E inevitáveis marcas nesta trajetória

Cabelos brancos 

E certa lentidão nos gestos.



Ah !  Senhor tempo quantas marcas ainda farás

Chegas sem anunciar

Sem minha concessão, sem minha permissão

Sem meu preparo para carregá-las.

Parte de mim as nega, ou parte também.


Senhor tempo!

Quantas marcas fizeste em meu corpo!

Delas carrego abnegadamente todas

Afinal elas me identificam,

Elas  hoje me singularizam.

Elas traduzem um pouco de quem sou,

E muito do que estou.


Senhor tempo!

Nem tudo é tristeza que trazes

Carregas a possibilidade

Da sabedoria do viver,

Da alma sensível,

Sonhar novos sonhos.

Estas  belas característica

Espero que fiquem associadas 

A este ser por muitos anos.


Mas não há o que fazer...

Marcas pelo corpo, experiências da vida

Esta é a condição do viver

Num tempo que tudo transforma

E não há como reter

Apenas tentar viver.

 

*Paulo Bassani


quinta-feira, 22 de agosto de 2024

 EVENTO SEBRAE

 LONDRINA - PARANÁ



                                                                                        




Participação Prof. Paulo Bassani
Londrina 21/08/2024




quarta-feira, 21 de agosto de 2024

 Artigo


                            Folha de Londrina

Espaço Aberto, pág. 02

Dia 21/08/2024

Londrina- Paraná

                                                                       Paulo Bassani *


                                                                                   

Arthur Barbosa Bassani **


A racionalidade moderna na condição humana*

Os seres humanos, como espécie, possuem uma história relativamente curta de aproximadamente 250 mil anos, uma fração insignificante em relação à história da vida na Terra e ainda mais ínfima diante da vastidão temporal do universo. No entanto, apesar de nossa compreensão limitada sobre nossa própria finitude, os últimos 300 anos testemunharam uma mudança radical na maneira como entendemos o mundo e nosso papel nele. Esse período foi marcado pela consolidação do paradigma da racionalidade moderna capitalista, que se tornou a força governante da vida e estabeleceu uma lógica dominante que se impôs a todas as formas de vida no planeta.

Essa racionalidade, caracterizada pelo desejo de domínio e poder sobre a natureza e sobre outros seres humanos, contradiz profundamente a condição humana. Trata-se de uma racionalidade econômica que busca reduzir a vida a uma série de práticas pragmáticas condicionadas pela capacidade de produção dentro do sistema capitalista. Esta lógica predomina no logos humano, separando-se das condições existenciais e vitais do ser humano, uma herança do cartesianismo, que se constituiu como um momento fundacional dessa compreensão e modelo. A lógica central do capitalismo é frequentemente confundida com nossa leitura, interpretação e visão de mundo, apesar de suas intensidades diferenciadas.

Neste ensaio, buscamos levantar as diferenças fundamentais entre a ontologia do capital e a ontologia da vida. São ontologias diametralmente opostas: a ontologia do capital se baseia na objetivação, quantificação e acumulação, uma racionalidade fria e calculista, enquanto a ontologia da vida se fundamenta na diversidade que nos forma, na sensibilidade, empatia e respeito.

Para ilustrar de forma simplificada, assim como o capitalismo cooptou a modernidade, o mercado cooptou a democracia. A modernidade, enquanto projeto de mundo, originalmente se baseava nos princípios de liberdade, igualdade e fraternidade. Contudo, o capitalismo transformou esses ideais em algo completamente diferente: a liberdade tornou-se privilégio dos burgueses ricos, a igualdade se manifestou nas leis de domínio e subjugação (exploração, subordinação, expropriação), e a fraternidade foi reduzida a uma assistência social esporádica, um alívio de consciência. Essa ilusão de pregar liberdade e igualdade através do trabalho, produção e consumo é uma propaganda ideológica do capital que se expande continuamente, modificando-se pela produção e especulação financeira. A ideia prevalente é que apenas através do crescimento econômico se alcançarão as liberdades, igualdades e fraternidades prometidas. Entretanto, isso permanece uma expectativa incompleta, muito distante de ser efetivada.

O liberalismo econômico, que atualmente domina a economia, gera lucros em condições de monopólios, onde a concorrência é em grande parte ilusória devido a acordos entre as grandes fortunas para determinar valores, normas e crenças morais. Essa concorrência sem concorrência é uma manobra de poder legitimada pelo estado democrático liberal, que permite e sustenta essa forma de organização. Exemplos disso incluem políticas como o salário mínimo, enquanto não há um teto salarial ou taxação de grandes fortunas, e os impostos diretos e indiretos recaem mais pesadamente sobre os trabalhadores. O estado não intervém para limitar os ganhos, mas sim para garantir essa cultura econômica. O estado, no geral, sustenta uma anti-democracia social, ambiental e econômica, não promovendo uma reforma tributária profunda, não limitando os ganhos dos bancos, nem estabelecendo controle social sobre o capital especulativo. É crucial compreender que o salário não é renda, mas uma compensação para manter-se vivo e pagar pelos bens necessários à sobrevivência.

Na democracia representativa, o voto deveria colocar no poder alguém que nos representasse, mas, na prática, o mercado utiliza o dinheiro para compra de votos e manutenção do poder sob controle. Os poderes eleitorais compram votos, fortalecendo o submundo do crime e perpetuando a falsa crença de que os pobres não têm vocação para o comando ou para lidar com a política. As mídias tradicionais e, atualmente, as mídias digitais são os principais vetores desse processo.

  *Paulo Bassani é cientista social

** Arthur Barbosa Bassani é agrônomo


sexta-feira, 16 de agosto de 2024

 Série 

Poemas Contemporâneos

     Paulo Bassani



Uma viagem chamada vida*

 

Viver é uma viagem !

Não importa se chegaremos ao destino

O que procuramos e propomos para a vida,

É viver a cada minuto de forma plena

E a plenitude você pode defini-la

Diante de seu esforço para torná-la plena.

O que importa  sempre tentar

Por isso a vida é uma tentativa permanente

Mesmo com todas as dificuldades

E as limitações existentes.

 

Lembrando que somos

E sempre seremos seres incompletos,

Difícil esse reconhecimento, mas é um fato.

 

Se segundo Lacan somos seres desejantes

E a beleza da vida esta no movimento,

Na jornada e não na chegada.

Há transformações continuas e permanentes

Uma busca a cada instante

Que deixa seu traçado, sua marca

Em parte depende do lugar

Onde vivemos na sociedade

E, em parte, depende de nós mesmo.

 

Por isso pensar e sentir

Refletir e agir, ser e estar

Partir e chegar, querer e desejar.

Da intenção a efetivação

Todos são dilemas dialéticos

Às vezes contraditórios

Mas sempre complementares

Na formatação de uma vida

Dessa vida, de nossa vida.


*Paulo Bassani

 


terça-feira, 13 de agosto de 2024

 Feliz Dia dos Pais !

Com meu querido pai José Egydio Bassani
Com seus 97 anos de vida
Felicidade imensa em ter meu pai conosco
e poder dar um beijo e abraço em agradecimento por tudo o que nos ensinou.
Toledo 11 de agosto de 2024







sexta-feira, 9 de agosto de 2024

 Artigo


 Publicado em 09/08/2024

Santo Antônio da Platina- PR

                                                                    Paulo Bassani*


Gabriel Barbosa Bassani**


Alcances teóricos*

A limitação da compreensão humana está frequentemente relacionada ao alcance da leitura e da capacidade crítica de cada indivíduo. Aqueles com menor exposição à leitura e reflexão crítica tendem a tomar os limites de sua experiência direta, alcance de sua visão ou de sua sobra, como os limites do entendimento humano do mundo. Como lembrava Albert Einstein “Tudo aquilo que homem ignora, não existe para ele. Por isso o universo de cada um se resume ao tamanho de seu saber.” E nessa situação que se resume a ignorância no sentido de não conhecer, ignorar. 

No entanto, podemos expandir essa compreensão à medida que lemos, estudamos, pesquisamos e refletimos. Esse processo possibilita uma ampliação das capacidades cognitivas para entender, questionar e explicar os fenômenos que aparentam serem familiares, cognoscíveis, de fácil leitura e entendimento. Embora seja improvável alcançar uma compreensão plena de qualquer fenômeno, dada a natureza dinâmica, sempre em movimento com deslocamentos imprevisíveis e em constante transformação do mundo, essa busca pelo conhecimento é incessante.

O conhecimento humano é caracterizado por sua incompletude e sua natureza qualitativa e renovável, não se limitando apenas a um aumento quantitativo. Assim como escavar um buraco em areia movediça, sempre haverá mais a ser descoberto, e provavelmente nunca alcançaremos o fim dessa escavação. Esse contínuo processo de descoberta será sempre uma tarefa para novos pesquisadores, que se apoiarão nas conquistas anteriores para avançar ainda mais. A jornada do conhecimento é interminável, estendendo-se além dos limites de nosso planeta em direção à expansão infinita do espaço.

Karl Popper expressou essa ideia ao afirmar que "a ciência sempre será uma busca, jamais uma descoberta. É uma viagem, nunca uma chegada". Os avanços científicos ocorrem continuamente, mas sua aceitação e consolidação são temporárias, baseadas na consistência observada até o momento, até a chegada de uma refutação que a colocará em cheque o entendimento anterior. A busca pelo conhecimento é infinita, e gerações de pesquisadores continuarão a se deparar com esse desafio.

Boa Ventura de Sousa Santos estabelece reflexões acerca das mudanças que estão ocorrendo nas ciências em geral e particularmente nas ciências humanas afirma  “Esta nova visão do mundo e da vida reconduz-se a duas distinções fundamentais, entre conhecimento científico e conhecimento de senso comum, por um lado, e entre natureza e pessoa humana, por outro.” Ao tratar das explicações paradigmáticas que emergiram da modernidade reitera o autor “O paradigma a emergir dela não pode ser apenas um paradigma científico o paradigma de um conhecimento prudente, tem de ser também um paradigma social o paradigma de uma vida decente.” Afinal esta é uma concordância de um senso humano critico e consequente, ou seja, a ciência, mesmo em sua fragilidade temporária ela necessita agregar, construir caminhos para uma vida melhor.

Muitos, ao longo da história cientifica, tentaram estabelecer explicações únicas, absolutas e definitivas para tudo, mas o tempo revelou a fragilidade dessas tentativas, mostrando a alternância e renovação constantes do conhecimento científico. Esta parece ser uma sina de quem pesquisa: não apenas aceitar o movimento, mas as incertezas que carregam e comumente nos proporcionam entendimentos incompletos, parciais. Mas essa parece ser a singularidade fenomenológica de tudo que se analisa. Carregam uma angustia da incerteza, rodeados pelas convicções e tentativas explicadas construídas até aquele momento.

Há sempre algo para conhecer, não detemos todo o conhecimento que se encontra escondido logo adiante. A jornada em busca do saber é, portanto uma jornada marcada pela consciência de que no dia seguinte teremos que recomeçar.

*Paulo Bassani é cientista social

** Gabriel Barbosa Bassani é geógrafo


terça-feira, 6 de agosto de 2024

 Serie 

Reflexão Ambientais

                                                                        Paulo Bassani


O que me encanta*


O que me encanta

É o sol do amanhecer

O que me encanta

É o ar puro.

O que me encanta

É a chuva leve.

O que me encanta 

É a água límpida.

O que me encanta

São os pássaros cantando.

O que me encanta

            É o verde da relva.

O que me encanta

É a leveza da alma

Que observar, estar e sentir 

A natureza propicia...


*Paulo Bassani

 

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

 Série

Poemas Contemporâneos

  


Paulo Bassani


                                            

Força e fragilidade*

 

Minha fragilidade repousa

Nas profundezas da alma,

Oculta sob o manto da hipocrisia moderna,

Sob esse manto consigo retê-la.


Minha força floresce

No cerne do pensamento,

Portador de uma história,

De uma reflexão constante

De uma batalha contínua

Pela essência do espírito humano

Pela procura humana profunda.


No qual as forças desviantes

Da pior versão da modernidade tentam moldar,

Ajustando sua forma de pensar, existir e viver

Mas minha força resiste, persiste

No horizonte do hoje e do amanhã

Mais e mais uma vez.


*Paulo Bassani

  Ensaio                                                                Santo Antônio da Platina, Paraná 18/06/2025                         ...