Série
Pensar e Reconhecer
XIX
“De tudo que planejei nada
resultou. De tudo que sonhei nada se realizou, De tudo que desejei nada obtive.
Apenas a vida ativa para seguir em frente com novos planejamentos, novos sonhos
e um novo querer. Pois a vida se
encontra nessa tentativa”
A
vida para seguir*
O
enunciado "De tudo que planejei nada resultou. De tudo que sonhei nada se
realizou. De tudo que desejei nada obtive. Apenas a vida ativa para seguir em
frente com novos planejamentos, novos sonhos e um novo querer" convida a
uma profunda reflexão sobre a natureza da existência e a experiência humana
diante das incertezas, insegurança e desafios que temos pela frente. A
falibilidade das aspirações e dos planos humanos, são uma constante na vida. Apesar dos esforços dedicados
e das esperanças depositadas em projetos e sonhos, nem sempre os resultados
correspondem às expectativas.
Essa
é uma constatação empírica que determina o pensar constante, marcado pelas
contradições e decepções do viver, daquilo que depende de nós e do que nada
depende. Na verdade pouco temos o controle sobre o curso da vida. Cabe a
resiliencia diante das adversidades, onde uma vida ativa continua persistente
sugere uma adequação transformada e transformante de sua realidade. Não
permitir com que o fracasso, a desilusão, a puxada de tapete te leve ao fundo
do poço. Faz-se necessário de com força e coragem reconhecer a importância de
seguir em frente, de continuar a buscar novos objetivos, novos desafios e de
permanecer aberto às possibilidades que o futuro oferece.
O que tratamos é da complexidade do viver que pode ser interpretada como uma
expressão do otimismo trágico, uma visão de mundo que reconhece a precariedade
da condição humana, mas também a capacidade de enfrentar os desafios com
coragem e determinação. Somos seres imperfeitos, lidamos com uma realidade
imperfeita, cabe nos libertarmos das amarras do passado e se abrir para novas
possibilidades. Porém nada garantido, somente a tentativa.
Abraçar a vida com todas as suas incertezas e contratempos, a encarar os fracassos como parte inevitável do processo de aprendizado e a manter viva a chama da esperança e da resiliencia diante das dificuldades. Trata-se da capacidade de ser você mesmo, descobrindo, reconhecendo, num cotidiano permeado pelas contradições, pelas incertezas, pelos riscos e pela nossa matéria líquida que tudo se perde, tudo se evapora.
Mesmo assim se depois disso tudo sobrar algo, se restar algo em suas forças, pare! baixe a testa, pense, pense novamente e tente se reinventar, e nessa tentativa o amanhã o que virá poderá se qualificar com novos formatos, ou não.
*Paulo
Bassani
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