TESTE POP

terça-feira, 23 de abril de 2024

                                                 Série

                   Pensar e Reconhecer

                                 XIX 



De tudo que planejei nada resultou. De tudo que sonhei nada se realizou, De tudo que desejei nada obtive. Apenas a vida ativa para seguir em frente com novos planejamentos, novos sonhos e um novo querer. Pois a vida se encontra nessa  tentativa


A vida para seguir*


O enunciado "De tudo que planejei nada resultou. De tudo que sonhei nada se realizou. De tudo que desejei nada obtive. Apenas a vida ativa para seguir em frente com novos planejamentos, novos sonhos e um novo querer" convida a uma profunda reflexão sobre a natureza da existência e a experiência humana diante das incertezas, insegurança e desafios que temos pela frente. A falibilidade das aspirações e dos planos humanos, são uma constante na vida. Apesar dos esforços dedicados e das esperanças depositadas em projetos e sonhos, nem sempre os resultados correspondem às expectativas.

         Essa é uma constatação empírica que determina o pensar constante, marcado pelas contradições e decepções do viver, daquilo que depende de nós e do que nada depende. Na verdade pouco temos o controle sobre o curso da vida. Cabe a resiliencia diante das adversidades, onde uma vida ativa continua persistente sugere uma adequação transformada e transformante de sua realidade. Não permitir com que o fracasso, a desilusão, a puxada de tapete te leve ao fundo do poço. Faz-se necessário de com força e coragem reconhecer a importância de seguir em frente, de continuar a buscar novos objetivos, novos desafios e de permanecer aberto às possibilidades que o futuro oferece.

O que tratamos é da complexidade do viver que pode ser interpretada como uma expressão do otimismo trágico, uma visão de mundo que reconhece a precariedade da condição humana, mas também a capacidade de enfrentar os desafios com coragem e determinação. Somos seres imperfeitos, lidamos com uma realidade imperfeita, cabe nos libertarmos das amarras do passado e se abrir para novas possibilidades. Porém nada garantido, somente a tentativa.

Abraçar a vida com todas as suas incertezas e contratempos, a encarar os fracassos como parte inevitável do processo de aprendizado e a manter viva a chama da esperança e da resiliencia diante das dificuldades. Trata-se da capacidade de ser você mesmo, descobrindo, reconhecendo, num cotidiano permeado pelas contradições, pelas incertezas, pelos riscos  e pela nossa matéria líquida que tudo se perde,  tudo se evapora. 

Mesmo assim  se depois disso tudo sobrar algo, se restar algo em suas forças, pare! baixe a testa, pense, pense novamente e tente se reinventar, e nessa tentativa o amanhã o que virá poderá se qualificar com novos formatos, ou não. 

*Paulo Bassani

Nenhum comentário:

Postar um comentário

  Série Água da Fonte A frieza humana*   Frio climático, frio do corpo, Frio da alma, frieza humana. Perante a opressão, a fome, a m...