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terça-feira, 30 de abril de 2024

 Série

Pensar e Reconhecer 

XX


“Se permanecer em silêncio não significa que esteja de acordo com está sendo dito. É que o nível de estupidez me deixa sem palavras, sem poder expressar algo educado, crítico e profundo, equilibrado. As falas em voga são repletas de hipocrisia e desconhecimento, são falas carregadas de pré-conceitos, de mentiras, de meias verdades.”


O silêncio necessário*

 

Essa ideia reflete uma profunda frustração com o estado atual do diálogo público e a qualidade das conversas que estão ocorrendo, principalmente junto as redes sociais.

O silêncio não é sempre um sinal de concordância. Às vezes, é uma resposta à incapacidade de encontrar palavras adequadas para enfrentar o nível alarmante de estupidez que permeia as discussões contemporâneas. É um reconhecimento de que as palavras são impotentes diante da hipocrisia, do desconhecimento e da falta de coragem para admitir essas falhas, essas distorções.

O que está em voga são discursos saturados de pré-conceitos, mentiras, meias-verdades e generalizações simplistas. São repletas de hipocrisia e desconhecimento e, não tem possuem a coragem de admitir isso. São falas carregadas de pré-conceitos e de uma generalização burra, ao dizerem que as coisas são assim mesmo, pois sabemos que não são. Participar de tais diálogos seria legitimar essa superficialidade, preconceituosa e perpetuar o ciclo de ignorância, como opiniões vulgares, baixa leitura e um pragmatismo tolo, hoje como característica de nosso tempo.

         Portanto, minha decisão é não contribuir para essas distorções, esses ruídos causadores de tanto mal para a linguagem, para o pensamento, para a democracia. Em vez disso, busco espaços onde o discurso seja educado, crítico e profundo, onde haja um tempo construído para uma verdadeira troca de ideias e um compromisso com a honestidade intelectual, como os valores universais de nossa condição humana finita, numa Casa Comum rara, bela, finita e limitada.

        Hoje estou determinado que a vida é curta para nos preocuparmos com insensatez, ódio, vingança,  vaidades, inveja. Devemos colaborar com tudo e com todos que queiram construir de uma forma ou de outra um mundo melhor para se viver, sem guerras, sem fome, sem miséria. Com oportunidades de emprego, renda, saúde, educação acesso cultural e os cuidados com a biodiversidade planetária que dependemos, pois esta é a única morada para espécie humana, ainda por muito tempo. para tanto devemos "criar uma nova ética de responsabilidade partilhada, de cuidado e de sinergia com a Terra," como afirma Leonardo Boff.

        Quero falar e ouvir temas que agregam, temas que tentam explicar nossa frágil condição de seres vivos pensantes, imaginativos e criativos. E que nós seres humanos devemos encontrar além da difusão das condições de vida de qualidade, estabelecer uma relação respeitosa para com todos os seres vivos, além dos humanos. Sempre considerando que devemos Pensar e Reconhecer nossos  potenciais e nossas limitações.

 *Paulo Bassani


OBS: Com esta postagem  de número XX,  finalizamos esta Série

Pensar e Reconhecer

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