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terça-feira, 5 de março de 2024

Série 

Pensar e Reconhecer


XIII 



O eterno exercício da recomposição do pensar*

 

O enunciado nos propõe uma reflexão sobre a contínua necessidade de aprofundamento e recomposição do pensar, organizando e formulando ideias e possíveis formatos para o amanhã. Nessa busca constante por entendimento e construção, podemos explorar diversas correntes filosóficas que oferecem perspectivas sobre a natureza do pensamento, da inovação e da preparação do futuro.

A hermenêutica, enquanto abordagem interpretativa, destaca a importância do aprofundamento na compreensão do significado subjacente às ideias. O filósofo Gadamer argumenta que a interpretação é um diálogo contínuo entre o passado e o presente, sugerindo que o aprofundamento no pensamento é uma jornada que transcende as fronteiras temporais determinando análises e perspectivas do hoje e do amanhã, numa analise conjugada de fatores que permitem o entendimento de um certo fenômeno.

A fenomenologia, centrada na experiência consciente, propõe uma análise aprofundada da estrutura do pensamento. O pensador Husserl enfatiza a importância de examinar as camadas mais profundas da consciência para compreender a essência das ideias. Nesse contexto, reiniciar o exercício de recomposição do pensar é uma chamada para explorar, aprofundar ao limite as estruturas fundamentais do pensamento.

Sob a ótica existencialista, a recomposição do pensar pode ser vista como uma busca por significado e autenticidade. Sartre destaca a responsabilidade individual na criação de significado na vida. O aprofundamento, nesse contexto, implica uma exploração corajosa das escolhas e compromissos que moldam a existência.

O pensar pragmático também pode ser colocado diante do enunciado que propõe que a validade de uma ideia está na sua utilidade prática. A recomposição do pensar, nesse sentido, pode ser orientada pela busca por soluções concretas e eficazes para os desafios do amanhã.

A recomposição do pensar, com perspicácia analítica, busca transcender as fronteiras filosóficas, unindo elementos da hermenêutica, fenomenologia, existencialismo e pragmatismo. A profundidade na reflexão não é apenas uma exploração intelectual, mas uma jornada que envolve a compreensão das experiências humanas, quer em sua proposições, quer em suas aplicabilidades.

Esse eterno exercício do pensar que propomos, não está ligado apenas a formular conceitos abstratos, mas a participar ativamente na construção do amanhã efetivamente. A recomposição do pensar é, portanto, um  compromisso contínuo com a evolução, a inovação e a transformação emancipada, à medida que nos aventuramos nos domínios profundos e inexplorados da arte de pensar.

*Paulo Bassani é cientista social

 


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