TESTE POP

domingo, 31 de dezembro de 2023

Série

Poemas Contemporâneos

 



No último minuto*


No último minuto deste ano

Quero imaginar que não acabe tão cedo

Quero que ele e permaneça

Há tanta coisa para findar,

Há tanta coisa para realizar.

Quero que se multiplique por mais e mais segundos,

Desejo que se eternize!

Pois tenho medo do minuto seguinte

Do dia seguinte, do ano seguinte.

Sei que não há nada que possa garantir

A perenidade deste minuto.

Desejo viver nele intensamente,

Com meu controle, com minha determinação.

Com força para gritar que ele fique

Um pouco mais comigo.

Não quero me desfazer deste momento.

Imagino ser o melhor momento

Singular como expressão de vida

De uma caminhada onde as marcas de um tempo

Permanecem estampadas em meu corpo

As experiências vividas

Os sonhos realizados, os sonhos frustrados

Os abraços que recebi os abraços que perdi

Neste ultimo minuto!

Quero imaginar todos ao redor

De uma grande mesa redonda

Com olhares intensos, sorrisos no rosto

Lágrimas de alegrias nos olhos

Estabelecer o perdão, a solidariedade

A sincera vontade de sermos humanos

Sensíveis, amorosos.

Numa única e simples mesa

Todos assentados conseguem

Ser ao menos neste momento

Seres receptivos, cordiais

Seres de paz de justiça, de compaixão

Neste único minuto

Que será inesquecível a todos.

*Paulo Bassani


quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

 Série 

Poemas Contemporâneos




O início e reinício*

 

Mesmo que o tempo passe, e ele passará

Quer queiramos ou não,

Em cada tarefa, em cada projeto que inicio

Busco manter a mesma lógica e emoção como da primeira vez.

As mesmas motivações, o mesmo empenho, as mesmas sensações,

Aquele aperto no peito.

Sei que na imersão em nossa mente

Há infinitas possibilidades de descobertas

Onde habita um espaço cheio de cores, de brilhos que ofuscam a luz do sol e o brilho das estrelas.

Há um universo escondido na mente!

Na beleza do ver, na emoção do sentir, na

Sonoridade do ouvir, e no toque transmitido as nossas mãos.

Essa é nossa identidade, ela se manifesta

Nessa composição de elementos combinados,

Articulados neste emaranhado de ligações

Simbióticas do pensamento,

Do ser, que se qualifica com tempo

Sempre que o pensar prudente,

Crítico e atento, decente e ético

Esteja no comando.

 

*Paulo Bassani 

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Série 
Poemas Contemporâneos



 

A felicidade em pedaços de alegrias*

 

Nas pequenas coisas da vida

Que formam a vida cotidiana

Nele buscamos encontrar alegrias

Que se somam se subtraem

Algumas de caráter objetivo, visível,

Outras de caráter subjetivo, invisível.

Todas são momentos, instantes,

Intervalos entre o desagradável

E o agradável.

Entre o choro e o sorriso,

Entre a atenção e a desatenção,

Entre o medo e a certeza,

Entre o encontro e a perda.

A felicidade como conceito pleno

Sempre estará morando no horizonte.

E nela se alimentam nossas utopias

Para dia após dia irmos ao seu encontro.

Mesmo que ela se distancie a cada passada

Ela nos referencia, nos renumera

Em cada deslocamento.


*Paulo Bassani

 


terça-feira, 19 de dezembro de 2023

  Programa

Sintonia Verde


Episódio 20

I° Temporada

"A natureza e os humanos"

TV Braga Brasil

Paulo Bassani
https://www.youtube.com/watch?v=JnOYf9TuJMA&t=21s



quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

 Série

Poemas Contemporâneos




Talvez no abraço*


Talvez chegue o dia

Que iremos abraçar o mundo

Abraçar a todos nossos semelhantes

Abraçar nosso irmão

Abraças nosso inimigo,

Abraçar os de lá os de cá,

Abraçar os ocidentais

Abraçar os orientais,

Abraçar os do norte

Abraçar os do sul.

Abraçar as crianças famintas

Abraçar os pobres

Abraçar a todos que sofrem

Abraçar os idosos

Abraçar a todos que perderam os sonhos

Abraçar os doentes, os que sofrem em hospitais

Abraçar todos de todas as etnias,

Abraçar e respeitar todas as sexualidades,

Abraçar a todos que seguem suas crenças

Abraçar os sábios e os ignorantes,

Abraçar os que denunciam e os que se silenciam.


Abraçar a toda a espécie humana

Abraçar a natureza animal e vegetal,

Abraçar o ar, a água, o sol e a terra.

Abraçar a vida em toda sua plenitude

Abraçar o planeta que é nossa casa comum


E nesse abraço pedir perdão

Reconhecer nossa finitude, nossas limitações

Reconhecer nossa pequenez,

Reconhecer nossa estupidez e insensatez

E com forte emoção

Prolongar esse abraço

E nesse abraço estar em paz

Com o criador com seu espírito

E com nossa humanidade.

*Paulo Bassani

domingo, 10 de dezembro de 2023

 Programa

Sintonia Verde



Episódio 19

I° Temporada

"A natureza e os humanos"

TV Braga Brasil

Paulo Bassani

https://www.youtube.com/watch?v=c9qKzEybCuA



quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Série 

Poemas Contemporâneos 


Chuvas destrutivas*

 

Chuva forte destrutiva

Intensa inconcebida.

Aparece do nada e tudo leva consigo

Folhas, árvores, construções, animais

E seres humanos.

Uma escuridão um anúncio

De muita água

Sofrerão muitos com seu volume,

A banhar cidades e campos.

Destrutiva pela natureza talvez

Destrutiva pela ação humana provavelmente

Não sabemos ao certo o nome desta chuva

Mas há uma marca humana nela.

Sua intensidade assustadora tudo carrega

Vidas ladeira abaixo

Sonhos irrealizáveis

Perdem-se no horizonte.

Amanhã com a claridade

Veremos os resultados

As possibilidades de recomeçar

As ações solidárias a se estender

Um começo sofrido

Para grande parte da população

Que tudo perdeu

Restou a vida e seu recomeço.

*Paulo Bassani

 

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

 Série 

Poemas Contemporâneos




Lembrança das chuvas da Infância


Quando a chuva chegar

Quero molhar meu corpo

Como molhava quando criança

Ao voltar da escola,

Do colégio de minha infância,

Das irmãs pastorinhas.

Não era um longo trajeto 

Mas era único, especial.

Com a capa plástica,

E botas vulcabrás

Com os livros num braço

E um bastão no outro.

Com ele sempre a espreita

Para romper as barreiras,

E com as botas fazer outras

Das águas correntes pela rua.

Numa chuva intensa formando

Pequenos córregos urbanos.

Lembro do cheiro da chuva no solo

O  despertar da terra molhada

Da aventura de criança

Ao imaginar esse tempo

Ao viver esse tempo.

O retorno para casa

Longo se tornava pelas paradas

De uma chuva contínua, intensa.

Mas nada amedrontava

Era pura aventura

Cheio de sonhos que resumiam

Aquele trajeto entre a escola e a casa.

Nele tudo estava presente

A alegria de ser criança,

Observar a natureza sob a chuva

Brincar na chuva, com a chuva

Tornar aquele percurso num tempo único,

Talvez um presente da natureza

Indicando as passadas futuras.

  *Paulo Bassani

 


Programa

Sintonia Verde

Episódio 18

I° Temporada

" A natureza e os humanos"

TV Braga Brasil

Prof. Paulo Bassani

https://www.youtube.com/watch?v=7rI3lIOuR3A



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