Lembranças do inverno*
No inverno que chega
a alma se revela,
Em meio ao frio sua
sensibilidade aflora.
Cada corrente vinda do sul, uma emoção, uma sensação,
Um sinal da estação
que chega.
O vento cortante
sopra com intensidade,
Percorre caminhos
da pele.
Os sentimentos se
entrelaçam no corpo gélido,
Onde a alma, tocada
pelo gelo, se angustia.
Em noites
estreladas o frio sussurra ao coração,
Desperta emoções
profundas, descola abraços.
A forma invernal envolve
cada pessoa,
E a alma em sua
sensibilidade, se acolhe.
O frio penetra nas
entranhas abraço o corpo,
E a alma sensível,
paz encontra.
No silêncio das manhãs,
tarde e madrugadas geladas,
Ele domina a
quantidade de corpos desnudos pela ruas.
É no frio que algo aflora,
O sono, a leitura,
a reflexão do cotidiano.
As canções que
marcaram no tempo
Tocando a alma de um coração quente.
A lenha aquece se
torna palco
Dos pinhões que amortecem
Num canto do fogão
de lenha
Que marcou os
tempos frios do sul
Tudo envolta de
ternura, revelado de sua forma.
Assim, o frio e a
sensibilidade se entrelaçam,
Em poema de
inverno, onde os sentimentos clareiam
No escuro tom de
inverno.
*Paulo Bassani
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