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terça-feira, 25 de outubro de 2022


 

            Questões existenciais: reflexões*

 

A vida é uma narrativa sem sentido, mesmo que estejamos em busca dela. Ela tende a se afastar, pois há muito mais determinações que não depende da gente, em detrimento do que controlamos, do que conhecemos. Não há busca plena, há uma tentativa no qual quase sempre falhamos. Pois somos limitados, falíveis, finitos, humanos e pequenos diante da existência do universo e desta nossa Casa Comum que chamamos de Planeta Terra.

Sempre que um vazio se instala buscamos no divino um suporte, uma explicação. Ai surge à figura de Deus, porém penso que ele deve ter outras preocupações, no qual há minha, pouco lhe importa. Mesmo assim nele confio e nele também busco forças. No entanto em grande medida a vida depende de minha força, minha vontade de decidir, de buscar, mesmo que nada dê certo, pois o erro sempre será o mais provável. Mas sempre será determinado por essa busca constante e ininterrupta, entre as convicções e as dúvidas que carrego.

Hoje nada de concepção moralista me influência, a busca pela felicidade esta acima desta estupidez limitante e estigmatizada. A vida moderna, a vida de nosso tempo é muito diferente da vida de nossos pais, de nossa infância. Hoje há uma serie de outros fatores condicionantes, além do tempo que passou e ficou registrado em nosso corpo com suas limitações físicas, estéticas, trata-se de entender nossa mente, nossa imaginação, nossos potenciais, nossa capacidade de pensar fora das caixinhas que nos educaram: cheia de pré-conceitos, de moral frouxa, trouxa e limitante.

Cabe viver daqui para frente essas décadas, anos que nos restam, pois passarão com uma rapidez que não controlaremos, quando percebermos já se esgotaram. Afinal tempos líquidos estão a todo vapor em nossa frente em nossos lados, em todas as dimensões internas e externas, materiais e imateriais.

 

*Paulo Bassani sociólogo, escritor e prof. universitário

 

 

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