Questões
existenciais: reflexões*
A vida é uma narrativa sem sentido,
mesmo que estejamos em busca dela. Ela tende a se afastar, pois há muito mais
determinações que não depende da gente, em detrimento do que controlamos, do
que conhecemos. Não há busca plena, há uma tentativa no qual quase sempre
falhamos. Pois somos limitados, falíveis, finitos, humanos e pequenos diante da
existência do universo e desta nossa Casa Comum que chamamos de Planeta Terra.
Sempre que um vazio se instala
buscamos no divino um suporte, uma explicação. Ai surge à figura de Deus, porém
penso que ele deve ter outras preocupações, no qual há minha, pouco lhe
importa. Mesmo assim nele confio e nele também busco forças. No entanto em grande
medida a vida depende de minha força, minha vontade de decidir, de buscar,
mesmo que nada dê certo, pois o erro sempre será o mais provável. Mas sempre
será determinado por essa busca constante e ininterrupta, entre as convicções e
as dúvidas que carrego.
Hoje nada de concepção moralista me
influência, a busca pela felicidade esta acima desta estupidez limitante e
estigmatizada. A vida moderna, a vida de nosso tempo é muito diferente da vida
de nossos pais, de nossa infância. Hoje há uma serie de outros fatores
condicionantes, além do tempo que passou e ficou registrado em nosso corpo com
suas limitações físicas, estéticas, trata-se de entender nossa mente, nossa
imaginação, nossos potenciais, nossa capacidade de pensar fora das caixinhas
que nos educaram: cheia de pré-conceitos, de moral frouxa, trouxa e limitante.
Cabe viver daqui para frente essas
décadas, anos que nos restam, pois passarão com uma rapidez que não controlaremos,
quando percebermos já se esgotaram. Afinal tempos líquidos estão a todo vapor em
nossa frente em nossos lados, em todas as dimensões internas e externas,
materiais e imateriais.
*Paulo
Bassani sociólogo, escritor e prof. universitário
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