TESTE POP

terça-feira, 19 de julho de 2022

 


Natureza e Sensibilidade*

 

Não quero dizer o que pensar

Não quero dizer o que fazer

Não quero direcionar ninguém

Quero apenas lembrar

Que somos seres criativos, imaginativos e sensíveis

E podemos criar novos jeitos de viver,

Novos jeitos de caminhar,

Que poderão determinar o que pensar,

O que fazer,

Para onde nos direcionar.

Na poesia, na arte, na ciência e na filosofia

Há inúmeros caminhos

Ainda não percorridos

Com um novo olhar

Vamos traçar essas possibilidades

Que emergem sempre que o sol brilha,

Sempre que chuva cai

Quando a árvore cresce

E a brisa nos envolve,

Tudo nos enfatiza o viver,

Com a sensibilidade que está presente

Na teia da vida que nos rodeia

Que nos alimenta,

Que nos ressignifica

Que nos resulta..

 

*Paulo Bassani poeta, sociólogo,  ensaísta e professor universitário

 

sexta-feira, 15 de julho de 2022

Dia Mundial do Meio Ambiente 2021 - TV Tarobá.



Professor Bassani falou no dia do Meio Ambiente em 2021 sobre para onde caminharemos do ponto de vista ambiental






 

Um telescópio, um reflexo de nossa pequenez*

 


Neste momento que o olhar para a Terra nos decepcionamos com tantas coisas que estão acontecendo em todos os continentes, fome, desemprego, inflação, pandemia, guerras, desesperança e outras tantas desilusões



Neste momento que o olhar para a Terra nos decepcionamos com tantas coisas que estão acontecendo em todos os continentes, fome, desemprego, inflação, pandemia, guerras, desesperança e outras tantas desilusões. Deparamos-nos com o recente lançamento do telescópio James Webb pela NASA em 25 dezembro de 2021, ele é o sucessor do telescópio espacial Hubble. Em sua missão já começou a nos enviar imagens espetaculares acerca do Cosmos no qual fazemos parte. E nosso olhar muda de foco, olhamos para o alto em busca de sentidos e significados que perdemos ou daqueles que nunca encontramos.

São impressionantes as informações que as imagens nos revelam, beleza, medo, conhecimento, profundidade destes cerca de 13,8 bilhões de anos que nos separam do Big-Bang. Ao mesmo tempo em que vamos conhecendo através dessas lentes com seus potentes infravermelhos, nossas origens nesse universo, se por um lado nos alegra, por outro nos assusta em ver que somos muito pequenos e irrelevantes em relação a este universo em expansão. Cada imagem que conhecemos, percebemos que somos oriundos de uma beleza estelar inimaginável, pois somos pó das estrelas, de nosso sol do sistema solar e de tantas outras que começam a se revelar e ganhar nomes a partir da Terra, sem ou menos saber se elas já não foram designadas por outra espécie inteligente que a circunda e quem sabe nos precede. 

 Diante de nossa pequenez demonstramos uma pretensão imensa que só não é maior que nossa ignorância. Pois também sabemos que grande parte dessas estrelas e galáxias já estava ai bem antes da formação de nosso planeta que possui apenas 4,7 bilhões de anos. Entretanto o planeta que nos acolhe tem essa idade, nós seres humanos, anatomicamente modernos, somos um produto muito, mas muito recente não mais do que 200 mil anos, segundo que nos diz a ciência. Mesmo com essa pouca idade, se colocada na escala-dimensão do universo, já fizemos tanta besteira que o brilho das estrelas que agora identificamos, apenas tenta ser um resplendor de esperança de novos tempos. Pois antes delas o desconhecimento, estranhamento e a escuridão nos acompanhavam.

Mas qual seria o significado desta aventura humana em busca do conhecimento fora de “nossa” Casa Comum? Não temos respostas definitivas, temos inúmeras perguntas, inúmeras dúvidas, inúmeras incertezas.

O Presidente Joe Biden (EUA) disse ao divulgar algumas imagens inéditas do telescópio: "Podemos ver possibilidades que ninguém jamais viu antes. Podemos ir a lugares que ninguém jamais foi antes". Seria um convite para o abandono da Terra já esgotada, ou seria uma busca de possibilidades ainda não testadas nesse planeta, com descobertas que ninguém jamais viu. Ficam no ar essas dúvidas, essas questões.

O certo é que na profundeza do universo estaremos sempre em busca de respostas, sobre as origens do universo, nossas origens e quem sabe o propósito da vida neste planeta numa galáxia pequena que chamamos de Via Láctea/Caminhos do leite, e num sistema solar pequeníssimo.

Quem sabe esse olhar para o alto seja um indicativo de um fio de esperança, de compreensão de que o universo é indiferente a nós, de que não temos a menor importância nessa constituição, somos apenas uma poeira solta a vagar rumo ao infinito. Mas rogamos a nós uma importância imensa que imersos nessa concepção nos hipnotizamos diante de cada descoberta da imensidão que nos rodeia.

Mas há um fio de esperança nessa luz estelar que se revela vinda de tão grandes distancias. Elas podem ser faróis que iluminem os próximos passos da humanidade em busca de caminhos melhores dos percorridos até então.


*Paulo Bassani, sociólogo, escritor e prof. Universitário

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável: Uma análise*

 

Ensaio para a Folha de Londrina

15/07/2022

"Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - Uma análise"

Prof. Paulo Bassani




Hoje mais do que em outros tempos passados devemos compreender que ao ingressarmos numa era conhecida pelos cientistas, como Era do Antropoceno, do pós II guerra mundial, não podemos vacilar diante dos conhecimentos científicos adquiridos e das escolhas que temos pela frente, sob o risco de comprometermos a vida humana neste planeta.

O que os ODS 2020-30 nos alertam é de que o estado atual das coisas deve mudar tomarmos consciência e com uma atitude responsável mudarmos o rumo das coisas. A pandemia do Corona Vírus por que passamos, nos enviou um alerta de nossa fragilidade, nossa arrogância, perante o planeta onde ela se expandiu. Será que ouvimos, entendemos esse alerta!

Esse é nosso desafio como seres humanos, conscientes, resilientes, sensíveis e empáticos com nossa espécie e com toda vida planetária. Nossas referências devem passar por uma profunda mudança é o que nos alerta a Carta da Terra, Os documentos da ONU em suas Eco conferencias, do IPCC, as COPs e os ODS. 

Quando o Clube de Roma nos alertou e a Eco Conferencia de Estocolmo referendou os limites do crescimento econômico em 1972. Cinqüenta anos se passaram, com muitos avanços técnico-científicos, porém, também continuamos a aprofundar nossa pisada antropocena sobre a biodiversidade planetária, sobre os modelos econômicos, sociais e a biodiversidade. Não haverá vitalidade humanitária e planetária sem frear e colocarmos limites do crescimento para atender os desejos e necessidades de viver. 

Entendemos que buscar e paz e encontrar os caminhos sustentáveis para viver neste planeta são as principais motivações dos ODS.  A sustentabilidade que buscamos, pelo menos que entendemos implica viver em busca de diálogos, a melhor relação salutar entre os homens e destes com a natureza. Somente construiremos uma civilização sustentável se abandonarmos as concepções guerreiras, dominadoras de poder das pessoas sobre outras, de países sobre outros e de todos nós seres humanos sobre a natureza. A concepção da armas, da violência não leva a bons resultados, a história tem demonstrado isso. 

O que não podemos, e isso nos alerta os ODS, abrir mão dos: Direitos humanos, Direitos sociais e dos Direitos da natureza. De fato estamos falando do humanismo, da solidariedade, da tolerância, da democracia de alto teor (representativa, participativa, dialógica), da preservação da natureza e dos diálogos civilizatórios horizontalizados.

Tudo isso significa pensar a sustentabilidade substantiva, de alto significado, não superficial, vazia, oca. Esta já existe de forma adjetiva instalada em inúmeras empresas, instituições, entidades. Falamos da sustentabilidade como substantivo, profunda, que coloca outro teor a vida. Quer dizer: não a guerra, não as armas, não a violência, não ao autoritarismo, não a fome, não ao desemprego, não a destruição ambiental, não as mentiras, não a corrupção, não a tirania e a estupidez.

As cartas estão na mesa! Não temos mais dúvidas e tão pouco tempo para vacilar, pois sabemos aonde tudo isso irá nos levar, portanto atenção total aos ODS 2020-30 já nos faz crer que as possibilidades de encontro de um mundo sustentável se apresentam logo a nossa frente. Temos obrigação de conhecer o chão onde pisamos e de onde nossos ensaios e atitudes concretas começam para a construção de um mundo sustentável. Isso demonstra que podemos apreender com o mundo e o mundo pode apreender com a gente. 

Essa troca de experiências e diálogos parece ser um caminho salutar num tempo de alta ciência e tecnologia adquiridas pela modernidade. Ao mesmo tempo em que vivemos num mundo marcado pela nossa forma de comunicação pelas redes sociais, devemos com assim aproveitar esses instrumentos e artefatos de nosso tempo para perceber, identificar e indicar trilhas sustentáveis que se abrem e tornam-se visíveis por todos os cantos. Nada nesse sentido deve ser desperdiçado.

Esse um compromisso como guardiãs e difusores dos ODS da ONU que além de indicarem caminhos nos propõem um grande pensar de nosso tempo marcado por altos riscos e perigos que rondam em nosso cotidiano. Entrar em cena com a prevenção, a precaução, a responsabilidade social e ética e alinhados com bons exemplos que temos em nosso território local, associados à criatividade humana que nos resguardam a segurança e convicção de este é o caminho que queremos para construirmos um mundo sustentável de viver. 

*Paulo Bassani é sociólogo, escritor e prof.univesitário

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