Bancas de Avaliação
Hoje 09/12/2025
No CCH da UEL
Horário: 14:30 hs - Sala 131
Londrina, Pr.
Série
A Arte de Pensar
Paulo Bassani
Territórios de cooperação *
Num determinado tempo
Emerge a capacidade de organização
Com o princípio de articular pessoas e territórios.
Movimentar mentes e corações
Imaginação e criatividade.
Esses são os Núcleos de Cooperação
Socioambiental que geram novos modelos,
Espalhados pelo Paraná e Mato Grosso do Sul.
Mais que energia Itaipu/Parquetec
Dão exemplos de energia humana
Com pensamento de mudança
Transformação de territórios de nossa gente
Mobilização permanente e ativa
Em busca da emancipação necessária.
Grito da terra, grito dos povos
Com coragem, articulados, conscientes
Com razão e emoção a flor da pele
Apresentam respostas de educação,
Formação, capacitação,
Uma linha de encontro com a sustentabilidade
Elementos essenciais para o amanhã.
Hoje aqui amanhã lá no horizonte
Veremos resultados, qualidade
Sorrisos e abraços,
Dos atores envolvidos
Buscando renda e qualidade de vida,
E um cuidado com a Terra.
Um aprendizado dialógico horizontalizado
Onde todos participam com seus saberes
experiências, vivências.
E como apreendentes caminhamos
Fortalecendo e construindo uma práxis.
Dos povos originários
Das cidades e dos campos
O sol nascerá de fato para todos
Os rios terão mais vida
E a natureza sabia e zelosa
Reconhecerá que este é um lugar especial
De gente que pensa, coopera
E constrói seus caminhos.
*Paulo Bassani é sociólogo
Núcleo Norte do Paraná
Evento
CONVITE
Olá, tudo bem? O lançamento do livro “UEL 55 Anos – Um mosaico de histórias” está chegando! E você é convidado(a) de honra! Convide também familiares e amigos, será uma noite especial!
Data: 17/12/2025
Hora: 20h
Local: Cine Teatro Ouro Verde
OBS: Estou como colaborador deste livro. Em destaque o papel da Extensão universitária
Série
A Arte de Pensar
E agora a COP acabou!*
Um
conjunto de encontros
Pensamentos, debates, pesquisas
Muitos diálogos, negociações
Muitas
propostas.
Muitas
reuniões
Muitos
acordos,
Muitos
protocolos
Muitas
promessas.
E
agora José!
A
festa acabou
Vamos
em frente
Como
tudo ficou.
As
vozes da floresta
A
sensibilidade verde vida
A
expressão de humanidade
A
última oportunidade.
Não podemos adiar
Não
podemos protelar
Nem
tão pouco ignorar
Há
um fato a revelar.
Um
aguardo de decisões
Um
sopro de intenções
Um
grito sufocado
De
um tempo aguardado.
Agora
temos em mãos
Decisões
importantes
Leituras
de um mundo
Com
baixo carbono.
Não teremos como mudar
O passado que vivenciamos
Porém temos as condições
De vivenciar o futuro que queremos.
Podemos
viver esse tempo!
Podemos
decidir por esse tempo!
Queremos
ingressar nesse tempo!
Ou
não teremos mais tempo.
*Paulo Bassani
EVENTO
COP 30: Os difíceis caminhos a seguir*
Acumulamos, ao longo dessas 30 COPs, referendada e anunciada pela COP 30, informações, conhecimentos que poderão ajudar futuras gerações a entender como escolhas humanas influenciaram um possível colapso da civilização. O destino da humanidade pode estar traçado sem que tenhamos condições de reverter um processo inexorável de auto-destruição.
Vamos destacar alguns aspetos como o proposto pelo Mapa do Caminho construído pela COP 30, o qual estabelece as diretrizes, formas e prazos para que cada país faça sua transição para o fim dos combustíveis fósseis, como limites de prazo até 2045. Trata-se de um roteiro, um plano de trabalho real, de compromissos que precisa nos mostrar o caminho, de onde estamos, para onde precisamos chegar, e como chegaremos nesse ideal.
Entendemos que a COP não é o fim de uma discussão ela é uma linha aderente aos modelos sustentáveis de construção de futuro, de um mundo com baixo carbono e de temperatura estáveis para a vida, todos os tipos de vida, em toda sua plenitude. Conhecemos os problema hoje, temos que equacioná-los e buscar soluções, este é o caminho metodológico das COPs.
Não temos no documento final o Mapa claro da urgência de acabar com a extração e emissão dos gases oriundos dos combustíveis fósseis. No Pavilhão de Ciências Planetárias afirmam o ideal ser até 2040 no máximo em 45. Como se refere Carlos Nobre do INPE “A COP30 tem uma escolha a fazer: proteger as pessoas e a vida, ou a indústria de combustíveis fósseis” Pois estamos chegando a um ponto de inflexão planetária. Essa pressão dos países produtores de petróleo associados à retirada total, de qualquer encaminhamento sustentável das intenções do governo norte Américo, levam mais uma vez a um estado de incertezas.
Os oceanos estão em perigo sua acidificação através de nossa poluição compromete o principal regulador da temperatura, assim comprometendo a vida marinha e todos os sistemas das barreiras de corais. pois diminuirá sua capacidade de absorção do CO2, pois retiram mais de 1/3 dos gases emitidos. Associado com o derretimento das geleiras e glaciares a tendência é de sua elevação. Lembrando que cerca de 71% da planeta é coberto por oceanos, e cerca de 29% de terras emersas sendo que 9% são áreas desérticas. Logo entender a importância de preservar os oceanos que são os grandes definidores da vida planetária.
A demarcação das terras indígenas, além de um dos direitos desses povos, se coloca com um avanço climático, pois como guardiãs das florestas os povos originários protegem pelo seu modo de vida, a biodiversidade desses territórios. Isso significa, também, que preservar as florestas tropicais e subtropicais da Terra será não apenas importantes para conter o aquecimento, mas preservar toda rica fauna e flora lá existente.
O aumento do investimento de recursos para chegar à casa de 1,3 trilhões de dólares para conter, regularizar, mitigar e adaptar, sobretudo as áreas degradas nos países que mais sofrem as conseqüências desse processo descrito, torna-se uma condição imprescindível, ainda em negociações.
Mesmo com os dementes e negacionistas climáticos, os lobbys da empresas petrolíferas e de todos os que não acreditam no aquecimento global, temos nós cientistas, pesquisadores, cidadãos planetários, entender e acreditar nas teses apresentadas pelas COPs fundados em estudos, pesquisas do IPCC, do INPE das principais Universidades e Centros de Pesquisas mundiais. Sabemos, de forma consciente, que temos que seguir em frente, acreditando, mobilizando processos de conscientização, de educação de eco cidadãos que não deixem de acreditar na ciência e na capacidade de mobilização dos povos e dos governos. E entender definitivamente que o rumo atual de desenvolvimento de emissão dos gases e calor gerado pelos combustíveis fósseis, assim como pelo desmatamento e queimadas, teremos um planeta nas próximas décadas altamente comprometido para a reprodução da vida, de todo tipo de vida.
Temos que erguer as bandeiras da sustentabilidade necessária e acreditar que rumo a COP31 na Turquia algo mais possa ser feito, entendendo que até lá as deliberações e encaminhamento ficarão a cargo do comando brasileiro que poderá propor e instigar, pelo seu exemplo, a cumprir e atingir as metas propostas.
*Paulo Bassani é cientista social e pesquisador ambiental
EVENTO
COP 30: Carta de Belém
Finalizando
a COP 30, os países membros participantes cerca de 200 estão elaborando a Carta
de Belém. A muitas questões complexas e que serão consideradas de maneira
periférica e novamente fugindo das questões centrais.
A
primeira diz respeito ao financiamento climático dos países dos I° mundo que
mais poluem para as adaptações e as mitigações dos pises que menos poluem,
porém mais sofrem com as mudanças climáticas. O valor pleiteado é o mesmo não
atendido na COP 29 do Azerbaijão, ou seja, cerca de 1,3 trilhões de dólares.
Outra
questão diz respeito a data limite de extinção dos combustíveis fósseis e ao
mesmo tempo estabelecer uma transição rápida, justa e democrática desse tipo de
energia fundada no petróleo, carvão e gás natural. Para energias renováveis com
eólica, solar, biocombustíveis, biometano, hidrogênio verde, entre outras.
Mas
há um dado assustador que remete a decisão de países ricos e
produtores/exportadores de petróleo. Segundo dados da ONU da plataforma Worldmeter, consultada pelo autor, nesta
semana há somente com as descobertas realizadas até hoje mais de 14 mil dias
para o fim do petróleo, mais de 38 anos, 56 mil dias para o fim do gás natural, resultando em 153 anos, e mais de 147 mil
dias para o fim do carvão ou seja 402
anos. Sob olhar econômico de quem detém essas reservas parecem pouco voltados
ao final dessa exploração, colocando em risco a sobrevivência da vida no
planeta.
Porém sabemos e os estudos remetem a esse
saber que senão contermos e acabarmos com essa emissão de combustíveis fósseis
que hoje representam cerca de 75 % das emissões gerais no planeta, segundo
dados do IPCC confirmados pelo INPE, aventa-se que até 2050 teremos um aumento
de cerca de 2,0 ° na temperatura da Terra, os dados científicos indicam que até
o ano 2100 a temperatura poderá subir até 3,5 graus, e que até 2050, teremos um aumento de cerca de 2,0
° na temperatura da Terra. Se isso se
confirmar será trágica a vida humana e outros tipos de vida nesta Casa Comum.
Lembrando que os dados que nos chegam através do banco mundial a Indústria
Bélica gasta cerca de 2,4 trilhões de U$ (2024) e a Indústria Petrolífera cerca
de 4,5 trilhões de U$ (2024). Com isso
queremos dizer que não há falte de dinheiro e nem tão pouco ausência de estudos
e pesquisas que comprovam a emergência climática que vivemos. Cabe uma decisão
política e ética em termos do que investir para garantir a vida como opção para
o caminho da sustentabilidade planetária.
Hoje
com 8,2 bilhões de pessoas, somos responsáveis por todos os humanos desse tempo
e do tempo futuro. Não podemos pensar em sustentabilidade sem ouvir os povos
originários, povos da floresta, os indígenas. Eles em Belém se fizeram presente
na Cúpula dos Povos, nas ruas, nas manifestações em redes sociais e nas
conversas com muitas lideranças mundiais. Eles sempre foram sustentáveis e
habitam áreas que ainda que os biomas estejam conservados. São modelos e devem
ser ouvidos.
Em
cada COP estamos pensando e propondo outra/nova relação entre os humanos e a
natureza. Temos que insistir, persistir, investir nossos esforços, acreditar em
ideias vão moldando novos mapas, novos sonhos, novas utopias. Isso porque como
escrevi recentemente em um artigo “A sustentabilidade não faz parte da história
oficial, do processo hegemônico, ela sempre esteve com a história oculta, e
somente se concretizará plenamente na
história futura”. Esse será sempre nossa
tarefa e desafio orientados por uma
ciência sustentável edificar um novo
padrão civilizatório.
*Paulo Bassani é cientista social e pesquisador ambiental
EVENTO
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